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Eleições  | 17/04/2010 02h38min

Se Beto desistir, PSB fica entre Tarso e Fogaça

Executiva socialista se reunirá hoje para encaminhar destino do partido

Marcelo Gonzatto  |  marcelo.gonzatto@zerohora.com.br

Caso se confirme a retirada da candidatura própria, o destino do PSB nas eleições para governador divide o partido no Rio Grande do Sul. A decisão de apoiar o PMDB de José Fogaça ou o PT de Tarso Genro coloca em campos opostos alguns dos principais líderes regionais da sigla.

A discussão sobre o rumo a ser seguido pelos socialistas será aprofundada hoje, em uma reunião da executiva estadual, e deverá se estender até o próximo sábado.

Oficialmente, o partido mantém o discurso de esgotar todas as possibilidades de buscar sustentação política antes de desistir da corrida pelo governo gaúcho. Porém, o acordo do PTB com o DEM, e a tendência de o PP apoiar a reeleição de Yeda Crusius (PSDB) dificultam a candidatura do deputado federal Beto Albuquerque por restringirem suas alianças ao PC do B.

O deputado estadual Heitor Schuch afirma que não está “esgotada ou eliminada por completo” a possibilidade de a sigla liderar uma chapa, mas admite que se trata de uma “pequena esperança”. Assim, ganha volume o debate sobre o destino do partido.

– Temos duas correntes bem posicionadas. Uma que quer voltar a fazer parte de uma frente de esquerda, e outra que entende que já estivemos ali, tivemos nosso aprendizado, e podemos ter outro projeto – revela Schuch.

A reunião da executiva deve dar início à fase de definições. Mas apenas no próximo sábado, após o encontro do diretório estadual, o futuro da sigla deverá se aclarar. Schuch adianta que, caso Beto deixe a disputa, defenderá a união com o PT.

– Temos de fazer a nossa inclinação por um projeto de esquerda, e me parece que quem está mais posicionado é o Tarso – argumenta.

Prefeito de Santana do Livramento, Wainer Machado se mostra inclinado a defender um acordo com o PMDB. Ele ilustra um dos argumentos da ala pró-Fogaça: o desgaste sentido em administrações petistas às quais prestaram apoio. Ele acredita que os aliados costumam ficar em segundo plano nos governos do PT.


“Sabemos como o PT age”

Wainer Machado (PSB), Prefeito de LivramentoO prefeito Wainer Machado (PSB) participou do governo Olívio Dutra, mas agora resiste a um acordo com o PT. Confira um trecho da entrevista:

Zero Hora – O senhor defende qual estratégia para o PSB: candidatura própria ou coligação?

Wainer Machado – Tenho visão firme da candidatura própria. É um desejo nosso, foi nossa primeira decisão e temos vontade de mantê-la.

ZH – Sem a candidatura própria, quem o PSB deve apoiar?

Machado – Já estivemos no governo com o PT, e sabemos como ele age com os aliados quando está no poder. Tu não fala com o governador, fala com a tendência. Acho também que o PT é nosso adversário em vários lugares. Temos de buscar um entendimento que privilegie as nossas propostas para o governo e uma relação de construção de futuro.

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