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Política  | 15/04/2010 03h40min

Rejeição a Padilha pode levar PDT a pleitear vaga

Pedetistas preferem que somente Germano Rigotto concorra a senador pelo PMDB

Enquanto o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) insiste na busca por uma vaga para concorrer ao Senado, cresce na chapa de José Fogaça a resistência contra seu nome. Líderes do PDT, interessados em barrar as pretensões de Padilha, já admitem reivindicar para si próprios a segunda vaga de candidato a senador que a coligação teria direito.

Os pedetistas são os principais aliados de Fogaça na eleição ao Piratini. Alinhados com o presidente estadual do PMDB, senador Pedro Simon, querem o ex-governador Germano Rigotto na disputa pelo Senado. Como a outra vaga seguiria em aberto, o PDT prepara o bote para que Padilha fique de fora.

Isso ocorrerá se o PMDB não conseguir fechar aliança com um terceiro partido: o assediado da vez é o PP, e todos querem Ana Amélia Lemos (PP) ao lado de Rigotto na chapa. Mas, como a coligação ainda parece distante, pedetistas alertam nos bastidores sua indisposição em apoiar Padilha. Presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr. confirma apenas a predileção por Rigotto:

– Embora não seja um assunto interno nosso, temos simpatia pela candidatura do ex-governador. Se, por acaso, não for possível ampliar nossa aliança, o PDT pode reivindicar, sim, a segunda vaga do Senado.

Secretário-geral do PMDB gaúcho, Padilha deu início a uma peregrinação por todo o Estado para conversar com vereadores, prefeitos e militantes do partido – sua intenção é avaliar se, em uma disputa interna com Rigotto, sairia vitorioso ou derrotado.

– Para mim, é irrelevante se meu partido terá uma ou duas vagas (ao Senado). Nunca perdi eleição e não quero perder. Não me interessa o que pensa ninguém: só o que pensa o militante do PMDB – diz Padilha.

De quinta-feira a domingo, Padilha tem pulado de cidade em cidade recolhendo opiniões dos colegas de partido. Ele acredita que, daqui a cerca de um mês, terá uma decisão: ou aceitará o acordo com Rigotto ou enfrentará o ex-governador no voto, na convenção da legenda marcada para junho.

O grupo ligado a Simon se agita, porque pretende ver Rigotto assumindo a candidatura logo. Procurado ontem por Zero Hora, o senador informou, por meio da assessoria, que não daria entrevista. O deputado federal Ibsen Pinheiro, que tinha interesse na disputa pelo Senado, já cedeu lugar:

– Se Rigotto fosse candidato ao Piratini, me apresentaria para o Senado. Como ele optou pelo Senado, reconheço que ele tem precedência.

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