Embora contrário à coligação com o PTB, o vice-governador Paulo Feijó garante que seguirá a decisão do DEM. Mas vai cobrar que o plano de governo contemple propostas liberais. Leia a síntese da entrevista:

Zero Hora – Como o senhor recebeu o resultado da votação?

Paulo Feijó – Com naturalidade. Havia uma proposição do Onyx de fechar com o PTB, e ele trabalhou bastante por essa aliança. Todo o partido se compromete a segui-la, inclusive eu.

ZH – Por que o senhor era contra a coligação?

Feijó – O DEM tem suas bandeiras e o PTB tem as dele. As ideologias dos dois partidos são um pouco distantes. Não defendo posições apenas político-eleitorais, mas também programáticas. Essa coligação será referendada no dia 25 de junho, na convenção estadual do DEM. Hoje (ontem), houve uma sinalização de acordo. Até lá, muita coisa pode ocorrer.

ZH – De que tipo?

Feijó – Podem ser incluídas outras coligações à candidatura, podem acontecer outras coisas. Bom, isso é o presidente do partido quem teria de responder.

ZH – O senhor chega a repensar se, de fato, suas convicções são as mesmas do DEM?

Feijó – Não penso nisso. Dentro do DEM, há pessoas mais abertas ou menos abertas ao liberalismo. Isso ocorre em qualquer partido. Eu sou um liberal convicto, outras pessoas são menos e tem gente que nem sabe o que é liberalismo.