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Política  | 12/04/2010 03h40min

Coordenação de campanha de Fogaça gera racha no PMDB

Posicionamento de Fogaça será cobrado por deputados que resistem ao comando de Mendes

Candidato do PMDB ao governo do Estado, José Fogaça tentará debelar amanhã um racha instaurado no próprio partido. Deputados estaduais vão cobrar, durante um almoço na Assembleia Legislativa, mudanças na coordenação da campanha, conduzida até agora pelo deputado federal Mendes Ribeiro Filho.

– Isso precisa ser discutido com a bancada – resume o líder do PMDB no parlamento, Gilberto Capoani.

Mendes foi indicado para o posto com o aval do senador Pedro Simon – presidente estadual da legenda e cacique da ala peemedebista da qual Mendes faz parte. Mas o grupo liderado pelo deputado federal Eliseu Padilha, isolado das tratativas até agora, se irritou com a situação. Oficialmente, os descontentes apresentam a seguinte versão:

– É injusto com os outros candidatos a deputado federal, porque ele (Mendes) ganha um destaque maior por estar ao lado do candidato a governador – diz o deputado estadual Edson Brum, que, ao lado de Alceu Moreira e Marco Alba, quer a troca de comando.

Nos bastidores, todos sabem que o problema é a turma de Padilha estar excluída das negociações envolvendo a chapa de Fogaça. A coordenação de campanha é alvo de cobiça em qualquer partido. Isso porque, em um futuro mandato, representa maior acesso ao governador.

No PMDB, o mal-estar pode ser resumido pela postura do próprio Fogaça. Quando deixou a prefeitura de Porto Alegre, Fogaça precisava de um automóvel para iniciar sua jornada em busca do Piratini. O caminho natural seria entrar em contato com o secretário-geral do partido – no caso, Eliseu Padilha –, responsável pelas questões logísticas da sigla.

Candidato pediu carro a amigo e não a Padilha

Mas não: o Vectra que Fogaça utiliza hoje foi emprestado por Antonio Lorenzi, que será coordenador da agenda de campanha do ex-prefeito. Lorenzi deixa a presidência da Carris no dia 30. Líderes do PMDB afirmam que o pedido ao colega foi a forma encontrada por Fogaça para evitar o constrangimento de falar com Padilha.

Segundo Simon, ele se reunirá com Fogaça e Padilha “na hora certa” para discutir os rumos da campanha. O senador garante não haver motivo para preocupações. Sobre a polêmica relacionada à coordenação de campanha, Simon acredita que o único prejudicado seria o próprio Mendes, que teria de enfrentar uma dupla jornada:

– Ele teria de trabalhar na campanha do Fogaça e se dedicar menos à própria reeleição como deputado.

Simon garante que a ala de Padilha será contemplada com funções na cúpula da campanha. Mendes, enquanto isso, considera natural a resistência dos colegas.

– Minha relação de amizade com Fogaça me obriga, com muito prazer, a ajudá-lo. E time é time. É preciso atuar na posição que for escalado – diz o deputado.

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