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 | 17/10/2010 23h19min

Candidatos à Presidência sobem o tom dos ataques e trocam acusações em debate na TV

Dilma foi questionada sobre a escolha de Erenice Guerra para a Casa Civil

Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) subiram o tom dos ataques no debate promovido pela Folha de São Paulo e a Rede TV, na noite deste domingo. Privatização, drogas e Enem foram alguns dos temas que provocaram trocas de acusações.

Dilma destacou o tema da privatização, perguntando por que Serra não autorizou a compra de uma empresa privada pela Petrobras. O candidato do PSDB disse que o PT insiste na questão da privatização com objetivos eleitorais e que a própria Dilma já admitiu que a privatização das telecomunicações foi boa. Na tréplica, a candidata lembrou que foi o tucano quem assinou o decreto de desestatização do sistema Eletrobras.

Serra abordou a questão do crack, questionando o que o governo federal fez para inibir a entrada das drogas pela fronteira, principalmente da Bolívia. Dilma afirmou que o governo Lula investiu 2,5 vezes mais em segurança do que FHC, equipou a Polícia Federal e passou a controlar as fronteiras com o uso de aviões não tripulados.

— A droga vem da Bolívia e o governo não fez nada de concreto para combater. Este veículo que a candidata citou está parado. Se falam mentiras, o Ministério da Justiça criou um programa prometendo que a taxa de homicídios cairia. Isso não aconteceu — atacou Serra.

Em sua resposta, Dilma citou a cracolândia de São Paulo e que Serra tem a "mania de dizer que o governo federal fez menos". Na tréplica, o candidato do PSDB afirmou que Dilma e o PT vivem falando mal de São Paulo.

— Eu tenho uma profunda admiração pelo povo de São Paulo, estou é divergindo da sua administração. Às vezes o senhor é um pouco pretensioso, o senhor não pode querer se igualar ao povo paulista — devolveu Dilma.

Desvio de recursos

Nas perguntas feitas por jornalistas, Serra foi perguntado sobre sua relação com Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, acusado de desvio de recursos da campanha tucana e cuja filha foi contratada por Serra para trabalhar no governo de São Paulo. Para o candidato, esta acusação faz parte de uma estratégia do "pega ladrão", pois se trata de uma contribuição de campanha não entregue, muito diferente dos escândalos do "mensalão e da casa civil".

Dilma foi questionada sobre a escolha de Erenice Guerra para a Casa Civil. A petista disse que viu a situação de Erenice com "muita indignação", pois não concorda com a contratação de parentes e de amigos, mas que o governo afastou a servidora e a PF está investigando o caso.

No tema educação, houve nova troca de acusações. Serra acusou Dilma e o governo do PT de terem "desmoralizado o Enem", com vazamento de provas, de dados dos candidatos e atrasos. A petista por sua vez afirmou que o PSDB não gosta do Enem, "porque o Enem é o caminho para o Prouni", programa que o DEM (partido do vice de Serra) questionou no Supremo Tribunal Federal (STF).

DIÁRIO CATARINENSE
Nuvem Esperança

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