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Conteúdo: cinzasnors  | 09/06/2011 23h38min

"Não tenho dinheiro nem para pagar hotel" diz passageira que teve voo cancelado

Cliente diz que companhia aérea só devolveu valor pago pelo excesso de bagagem

O aeroporto Salgado Filho ficou praticamente vazio na noite desta quinta-feira depois que quase todas as companhias aéreas suspenderam os voos devido à nuvem de cinzas do vulcão chileno que cobre o Estado. Sem previsão de retomada das atividades, a maior parte dos passageiros foi embora, mas nem todos conseguiram deixar o aeroporto.

Jandira Maculan, 31 anos, de Belo Horizonte, conta que chegou por volta das 18h e só depois que já estava na sala de embarque ficou sabendo do cancelamento do voo. Depois de morar em Guaporé/RS, ela estava voltando com todos os pertences para a capital de Minas Gerais.

Segundo ela, a companhia aérea Webjet se recusou a guardar os diversos volumes que carrega, oferecer hospedagem ou transporte, e limitou-se a reembolsar o valor do excesso de bagagem pago, cerca de R$ 70. Jandira diz que este é todo o dinheiro que possui, e que terá que esperar um novo voo marcado para as 22h de amanhã, permanecendo no aeroporto por mais de 24 horas.

— Não tenho dinheiro nem para pagar hotel — afirmou ela.

Procurados por Zero Hora, funcionários do balcão da Webjet não forneceram informações. A expectativa é que a empresa se manifeste nas próximas horas.


Outras companhias estão providenciando alojamentos

Ivone Fochesato, 41 anos, de Caxias do Sul, estava indo de férias com um grupo de gaúchos para Porto Seguro em um voo fretado pela agência de turismo CVC. A agência vai realocar todos em outro voo e a companhia aérea TAM providenciou transporte e hospedagem.

— Vamos ter de ver tudo com a agência agora. Eles nos orientaram a ligar amanhã para ver a situação.

O supervisor de varejo, Eduardo Resende Fritschy, 28 anos, conta que perdeu o dia de trabalho e precisava estar amanhã em São Paulo. A empresa Gol providenciou hotel e remarcou a passagem para amanhã às 16h.

Já o engraxate Rodisnei do Nascimento, que trabalha há 4 anos no aeroporto da Capital, diz que o dia não foi perdido. Para ele, é justamente durante as longas esperas que as pessoas, sem muito o que fazer, têm mais tempo para engraxar sapatos.

— A gente não pode se queixar da vida. Pode ser pouco ou mal, mas sempre tem serviço — garante.

>>AO VIVO: acompanhe a situação no Salgado Filho




Conheça o vulcão chileno Puyehue:



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