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 | 07/06/2011 12h41min

Cinzas do vulcão chileno atingem fronteira oeste do Rio Grande Sul

Imagens de satélite mostram aproximação da nuvem de cinzas

Atualizada às 14h19min

A nuvem de cinzas proveniente da erupção do vulcão Puyehue, no sul do Chile, atingiu por volta das 10h desta terça-feira a fronteira oeste do Rio Grande do Sul. De acordo com o meteorologista Gustavo Escobar, coordenador do Grupo da Previsão do Tempo (GPT) do Cpetc/Inpe, as imagens de satélite registradas desde o início da manhã mostram a aproximação da nuvem de cinzas.

— A faixa branca vertical que aparece na imagem de satélite às 7h (GMT) está sobre a província de Buenos Aires e ao longo das horas vai se aproximando da região de Uruguaiana — diz Escobar.

Veja o avanço da nuvem na animação:



Não havia, até o fim da manhã desta terça-feira, registro de problemas ocasionados pela chegada da nuvem ao Estado. Conforme Escobar, as cinzas teriam se misturado às nuvens que cobrem o Rio Grande do Sul — o Estado está sob a influência de um centro de baixa pressão (ou ciclone extratropical).

O meteorologista Flávio Varone, do 8º Distrito do Inmet, em Porto Alegre afirma que, devido à mistura das cinzas com as nuvens que provocam chuva na fronteira oeste não é possível visualizar a nuvem a olho nu, apenas com auxílio de satélites.

— As cinzas se misturam muito com a nebulosidade presente no Estado. Se tivéssemos um tempo mais aberto, certamente veríamos a formação desta nuvem — afirma.

Segundo ele, o deslocamento da fuligem do vulcão pelo Rio Grande do Sul não deverá provocar problemas para Porto Alegre.

— Ela já chegará dissipada à Capital.

Já em Buenos Aires, atingida pela nuvem de cinzas horas antes do território gaúcho, praticamente todas as companhias aéreas cancelaram seus voos, por motivo de segurança. Um total de 30 voos foram cancelados nesta terça-feira no Aeroparque de Buenos Aires e outros 32 no Aeroporto Internacional de Ezeiza.

No Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ao menos quatro voos foram cancelados, dois da Gol (vindos de Córdoba e Buenos Aires) e dois da Taca (uma chegada e uma partida para Lima, no Peru).

Ciclone antecipou chegada das cinzas

Flávio Varone explica que a presença de um ciclone extratropical sobre o Rio Grande do Sul acelerou a passagem da nuvem de cinzas pelo território gaúcho. O ciclone provocou chuva e vento de quase 80 km/h nesta madrugada em cidades como São Borja e deve causar, até o fim do dia, mais chuva por todo o Centro, Leste e Norte gaúcho.

— Esperávamos que essas cinzas chegassem ao Estado entre a tarde e a noite de hoje, mas já avançaram desde o início da manhã.

De acordo com informações da Somar Meteorologia, em aproximadamente 18 horas, as cinzas viajaram cerca de 2 mil quilômetros, numa velocidade de mais de 100 km/h, na direção do Brasil. Como ainda chove em várias cidades gaúchas como Santa Maria, Porto Alegre, Caxias do Sul, segundo a Somar, é possível que a chuva venha impregnada por cinzas vulcânicas e seja "suja".

Para os próximos dias, os ventos em altitude, que ficam a mais de 10 km de altura, indicam uma direção favorável o deslocamento de mais cinzas vulcânicas na direção da Região Sul, indica a Somar.

Conheça o vulcão chileno Puyehue:

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