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 | 06/06/2011 18h36min

"É impressionante o que se vê daqui: raios, relâmpagos e clarões do vulcão", relata gaúcha

Moradora do Chile há cinco anos, Adriana de Moura assistiu a poucas quadras de casa a um espetáculo visual que as cinzas espalhadas no céu pelo vulcão proporcionaram

Matheus Piovesan  |  matheus.piovesan@zerohora.com.br

Apesar de já ter vivenciado outros dois fenômenos naturais que causaram grandes transtornos, a gaúcha Adriana de Moura, 37 anos, ficou abalada com os tremores sentidos após o complexo vulcânico Cordón Caulle, no sul do Chile, entrar em erupção no último sábado.

As cinzas expelidas já encobriram o céu de Bariloche, na Argentina, onde o aeroporto foi fechado, e podem chegar ao oeste do Rio Grande do Sul. No domingo, as autoridades argentinas recomendaram à população que evitasse sair às ruas, e se fosse necessário, que utilizassem máscaras de proteção — não se sabia se as cinzas seriam tóxicas.

Moradora da cidade chilena de Puerto Varas, a cerca de 70 quilômetros do complexo vulcânico, a comerciante presenciou os transtornos causados pelo terremoto na costa do país em fevereiro de 2010 e pela erupção do vulcão Chaiten em 2008, quando as cinzas atingiram o município em que vive há cinco anos.

— Assim que senti um tremor no sábado às 12h30min, logo me conectei à internet para ver onde era o epicentro e vi que a quantidade de tremores era impressionante. Logo o alerta passou para vermelho e a retirada de pessoas foi iniciada no país — relatou a comerciante natural de Novo Hamburgo.

Apenas no domingo, Adriana conseguiu assistir, com clareza e a poucas quadras de casa, na beira do lago Llanquihue, as imagens formadas no céu pela nuvem de cinzas de cerca de 10 quilômetros de altura por cinco quilômetros de largura.

— É provável que as cinzas não cheguem aqui pois o vento que estava em direção a Bariloche, na Argentina, mudou o trajeto ontem. Mas é impressionante o que se vê daqui: à noite, se viam muitos raios, relâmpagos e clarões do vulcão — disse a comerciante.

Apesar de produzir um belo cenário, Adriana relata que grande parte dos moradores está assustada com a atividade do vulcão.

— O que sempre temos medo é de que outros vulcões se ativem. Quando o vulcão Chaitén entrou em erupção, todos tinham medo do Calbuco. Então quando acontece algo com um, imediatamente pensam nos outros. Existe um temor, mas sabemos que não acontece nada.


Em vídeo, especialista responde a dúvidas sobre o vulcão:


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Foto: Nasa, Divulgação

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