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 | 24/05/2011 22h22min

Silas diz que jogadores do Avaí precisam ter pé no chão para chegar à final

Leão encara o Vasco às 21h50min desta quarta-feira

O Avaí encara o Vasco da Gama, nesta quarta-feira, dia 25, para tentar fazer história e chegar na inédita final da Copa do Brasil. A partida de volta da competição será às 21h50min no Estádio da Ressacada. Para chegar à decisão da competição, o Leão tem a vantagem do empate em 0 a 0. Resultado de 1 a 1 leva aos pênaltis. Quem vencer, fica com a vaga.

Antes do último treino da equipe avaiana na tarde desta terça-feira, o treinador Silas concedeu entrevista coletiva para falar da preparação da equipe para o confronto mais importante do ano até agora para o clube. Confira os principais trechos:



O Avaí saiu atrás do placar na Ressacada contra Ipatinga, Botafogo e São Paulo mas conseguiu reverter o resultado. Como buscar essa classificação sem sustos?
É complicado, até porque a gente joga contra um adversário qualificado. O Vasco tem uma campanha bem parecida com a da gente: fora de casa jogou até melhor do que dentro desde o início da Copa do Brasil. Mas acho que é prêmio para o Vasco, que volta reestruturado com o Ricardo Gomes em busca desse título inédito. Na história do nosso clube então nem se fala. Isso também ajuda a dar um equilíbrio entre os dois times e o próprio jogo em São Januário demonstrou isso. Tem tudo para ser um grande jogo e a gente espera, logicamente, ir para a final. 

Tudo que era preciso fazer foi feito?
Está tudo feito, tudo preparado. Agora é aquele detalhe final mesmo, uma bola parada, os pênaltis que a gente já está cobrando, mostrar para o jogador uma ou outra situação que não podemos cometer e entrar para dentro de campo com o coração no bico da chuteira, como se costuma dizer, e esperar pelo melhor. Logicamente apoiado pelo grande número de torcedores que vai comparecer e que tem sido a diferença também para que juntos possamos passar.

Contra o São Paulo, na Ressacada, você colocou o Julinho no ataque ao lado do William e o Romano na lateral-esquerda. Para esse confronto você prepara alguma surpresa?
Não é a ideia para esse jogo. No final do jogo no Morumbi o Julinho terminou com o William e o Romano na lateral-esquerda, coisa que gostei muito. Como estavávamos abaixo do marcador e o São Paulo veio para cá classificado, fiz essa opção para tentarmos fazer o gol, coisa que não aconteceu. O Romano tomou cartão amarelo e por prudência voltei o Julinho, tirei o Romano e coloquei o Marquinhos Gabriel junto com Estrada e o Marquinhos que acabou dando um resultado bem bom.

Como trabalhar o emocional dos jogadores para esse confronto?
Tem que ter pé no chão. A gente é tão importante quanto o resultado do último jogo. No futebol é assim. Por que ganhamos do São Paulo? Porque houve muita luta, muita entrega, muito companheirismo, muito o se gostar dentro de campo. Se gostar não quer dizer que você tem que ficar passando a mão na cabeça do seu companheiro. Tem hora que tem que xingar. Acabou o jogo a gente se abraça. Eu falo para eles: "Ganhou , perdeu, empatou? Quero vocês entrando aqui no túnel entrando de cabeça erguida, desde que entrem e saiam de campo com a cabeça erguida conscientes de que ninguém deixou nada por fazer". Porque a pior coisa que tem é você entrar no vestiário e dizer: poderia ter dado mais um pique, ter feito mais. Quando o juiz apita o final do jogo não dá para fazer mais nada.

Você foi campeão da Copa do Brasil em 92 pelo Internacional. Qual a lição que você passa para os jogadores?
Na Copa do Brasil os momentos decisivos não são decididos com grandes jogos, grandes atuações. Ganhamos no Rio Grande do Sul com gol de pênalti em cima do Fluminense. Quer dizer, é muito complicado esse tipo de competição. E a gente tem que ter isso presente. Saber que os três últimos jogos nós saímos atrás, então a ideia é não repetir isso. É tentar sair na frente. Está aberto. Nós temos uma vantagem pequena, mas está aberta porque o Vasco também é um grande clube.

Qual o espírito da família Avaí?
A Jaqueline é uma menina que trabalha aqui. Há uns dois meses a casa dela pegou fogo e a torcida fez uma arrecadação para repor os móveis e ajudar. Isso é família. É a parte no futebol que ninguém vê, mas quando você vai para dentro do campo não existe mesquinhez, aquele egoísmo. O Marquinhos, que é o nosso ídolo maior, não fica chamando para ele. Pelo contrário, trabalha quando é preciso. É isso que faz de um grupo um vencedor.



O que o Avaí fará de diferente em relação ao jogo em São Januário?
O time teve uma postura madura em São Januário. Aquilo foi um caldeirão. Desde a chegada, passamos no meio da torcida do Vasco e foi aquela pressão. Falei para eles: "entrou para dentro do campo, tira o foco das arquibancadas e é aqui: vocês contra os jogadores do Vasco". Não é um supertime, é um grande time, mas é lá dentro que a coisa vai se resolver e aqui é a mesma coisa. De maneira nenhuma menosprezar que estamos jogando contra um grande adversário, mas de maneira nenhuma menosprezar que dentro de nossa casa a gente também é um time muito forte. Então é torcer para que não aja situações inesperadas,. como cartão, expulsão, nervosismo. Porque nessa hora a parte mental e emocional é fundamental.

Qual a mensagem para chegar à final?
Aconteça o que acontecer dentro de campo, a dificuldade que a gente vai ter, acreditar que até o último minuto a gente que vai passar. E que o torcedor possa sentir isso da arquibancada. 

                       

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