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 | 03/10/2009 00h01min

Procurador da Prefeitura de Florianópolis nega discriminação entre Figueirense e Avaí

Roberto Mattar afirmou que acordo do Município com Alvinegro é igual ao oferecido ao Leão

Permanece o impasse entre a Prefeitura de Florianópolis e o Avaí, que acusa o Município de tratamento desigual no parcelamento de dívidas do IPTU do Leão e do Figueirense. Foi noticiado na última quarta-feira, dia 30, pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que a Ressacada poderia ir a leilão, após a diretoria do clube recusar o acordo que parcelaria a dívida avaiana (cujo valor não foi divulgado).

O TJSC afirmou ainda que o Figueirense, com uma dívida de R$ 2 milhões, concordou em quitar o valor. Na quinta-feira, dia 1, foi divulgado pelo site do Avaí que o Alvinegro pagaria em 250 vezes, enquanto para o Avaí foram definidas 100 parcelas. A diferença no parcelamento motivou críticas e fortes declarações de João Nilson Zunino, presidente do Avaí, que acusou a Prefeitura e o procurador responsável pelo caso de tratamento desigual e discriminação.

Nesta sexta-feira, dia 2, em entrevista ao clicEsportes, o procurador Roberto Kaestner Mattar negou as acusações de Zunino. De acordo com Mattar, o número de parcelas é diferente do que foi noticiado no site do Avaí, e foi calculado com base no total da dívida dos clubes para que eles pagassem o mesmo valor por mês: R$ 10 mil.

— Avaí e Figueirense nos procuraram após não cumprirem o pagamento das dívidas em 36 vezes, que era o parcelamento máximo que concedemos. Abrimos um precedente e aceitamos a proposta dos clubes: R$ 10 mil por mês, mais 1% dos juros. Como o Figueirense deve mais, R$ 2 milhões, o parcelamento é maior. O débito do Avaí é de aproximadamente R$ 1,5 milhão: dividimos por dez e resultou no parcelamento em 150 vezes. Chegou lá no dia (da audiência) o Avaí não aceitou. Se a dívida deles fosse a mesma, teriam o mesmo parcelamento — explicou.

Para o procurador, a culpa do imbróglio deve ser creditada inteiramente à diretoria e aos advogados do Avaí. Segundo ele, o acordo que não foi aceito pelo Leão era exatamente o mesmo firmado pela Prefeitura com o Figueirense:

— A proposta era boa, tanto que o Figueirense aceitou, e eles colocam a culpa na Prefeitura. Pagar R$ 10 mil por mês pode ser muito para uma pessoa física, mas não para um clube como o Avaí, com a renda que tem. A Prefeitura não é culpada de não terem aceito a proposta, o único culpado é a própria diretoria do Avaí.

Prefeitura recusou proposta anterior dos clubes

Antes da diretoria do Figueirense aceitar e a do Avaí recusar a proposta do parcelamento, os clubes ofereceram 5% da renda mensal de cada um para abater as dívidas. A idéia foi rechaçada pela Prefeitura, e Mattar explicou o porquê de o Município não ter aceito a proposta:

— Os times fizeram a proposta de pagar 5% da renda, mas esse valor varia de acordo com o mês, nem sempre alcança R$ 10 mil. Assim iriam acabar pagando menos do que R$ 10 mil e a Prefeitura não aceitou — afirmou.

A reportagem procurou os advogados do Avaí para comentarem o caso, mas não conseguiu encontrá-los.

 

Felipe Albertoni
felipe.albertoni@rbsonline.com.br

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