Antônio Britto (PMDB)
Período: 1995-1998
Conceito de Estado: reduzido
Finanças: fez a renegociação da dívida do Estado com a União, que acabou se mostrando um mau negócio, comprometendo as contas estaduais
Principais ações:
Adotou medidas de redução do Estado, privatizando estatais, como a antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), e implementou as concessões, instituindo os polos de pedágio. Para reduzir o peso da folha, lançou um plano de demissão voluntária que resultou no desligamento de mais de 12 mil servidores. Deu reajustes salariais e não cumpriu, originando a bola de neve dos precatórios. Renegociou a dívida com a União em condições desfavoráveis ao Estado. Implementou política de atração de grandes montadoras, com a concessão de inúmeros benefícios.
Olívio Dutra (PT)
Período: 1999-2002
Conceito de Estado: ampliado
Finanças: foi o primeiro a usar e não devolver recursos do caixa único, que centraliza as contas de órgãos estaduais e poderes
Principais ações:
Depois de uma campanha eleitoral acirrada, desfez medidas adotadas no governo anterior, permitindo a volta de servidores desligados via plano de demissão voluntária e suspendendo o acordo que previa benefícios para a instalação de montadoras no RS, levando a Ford a deixar o Estado e causando grande polêmica. Entrou na Justiça contra o acordo de renegociação da dívida com a União, sem êxito. Criou a Universidade Estadual do RS (UERGS) e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Adotou o Orçamento Participativo no âmbito estadual.
Germano Rigotto (PMDB)
Período: 2003-2006
Conceito de Estado: nem mínimo, nem máximo
Finanças: foi o primeiro a usar e não devolver dinheiro dos depósitos judiciais para cobrir déficits nas contas
Principais ações:
Venceu as eleições com a promessa de "apaziguar" o Estado, dividido pela disputa entre PT e Antônio Britto, então PPS. Durante o governo, a crise nas finanças se agravou com queda brusca na arrecadação devido a duas grandes secas, em 2003 e 2005. Em busca de recursos, aprovou projetos autorizando saques dos depósitos judiciais. Ali teve início uma dívida que hoje chega a quase R$ 10 bilhões. Criou o Simples Gaúcho, beneficiando micro e pequenas empresas, revisou benefícios fiscais, conseguiu atrair investimentos, incluindo a duplicação da GM.
Yeda Crusius (PSDB)
Período: 2007-2010
Conceito de Estado: reduzido
Finanças: com o déficit zero, fechou as contas no azul entre 2007 e 2009, mas em 2010 ficou no vermelho de novo
Principais ações:
Propôs um "choque de gestão" e adotou a política do "déficit zero", cortando gastos até o limite para tirar as contas do vermelho. Sob duras críticas da oposição, conseguiu equilibrar as finanças em 2008, quando anunciou o pagamento antecipado do 13º salário dos servidores. Reestruturou parte da dívida do Estado a partir de um financiamento de US$ 1 bilhão junto ao Banco Mundial em condições melhores de pagamento. O governo foi marcado por uma série de escândalos e por brigas com o vice-governador, Paulo Feijó (DEM). A partir de 2010, os gastos voltaram a superar a arrecadação.
Tarso Genro (PT)
Período: 2011-2014
Conceito de Estado: ampliado
Finanças: usou todos os recursos disponíveis, reajustou salários de várias categorias e ampliou o endividamento do Estado
Principais ações:
Adotou uma política de valorização dos servidores públicos, com reajustes a várias categorias, recomposição de quadros e reestruturação de planos de carreira, comprometendo as finanças. Professores receberam aumento de 76,7% e funcionários da segurança pública foram contemplados com reajustes até 2018. Criou o Conselhão, o Gabinete Digital, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e foi o primeiro a usar os depósitos judiciais até o limite. Fez novos empréstimos, esgotando a margem de endividamento. Liderou a nova renegociação da dívida com a União.
José Ivo Sartori (PMDB)
Período: 2015-2018
Conceito de Estado: "necessário"
Finanças: cortou despesas de custeio, aprovou lei que limita reajustes a servidores, mas fechou ano com rombo de R$ 2,7 bilhões
Principais ações até agora:
Iniciou o governo publicando um decreto de contingenciamento de gastos, reduzindo CCs, despesas com diárias e passagens e suspendendo a criação de novos cargos. Com isso, economizou R$ 1 bilhão em 2015. Aprovou o regime de previdência complementar e a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que limita reajustes salariais a servidores, em meio a fortes protestos de sindicatos. Conseguiu aumentar o ICMS e reduziu os pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Ampliou o limite de saques dos depósitos judiciais para 95% do saldo.