Dentro do ouvido fica um dos órgãos responsáveis por garantir o equilíbrio do corpo humano, o labirinto. As diversas doenças que podem ocorrer ali são popularmente conhecidas como labirintite. A pessoa que sofre com esse problema sente, em momentos repentinos, que tudo ao seu redor está girando. Nem toda tontura ou vertigem significa que há um problema no labirinto, mas ter repetidamente essas sensações deve motivar uma visita ao otorrinolaringologista. Nos adultos, a faixa etária de maior incidência da doença é a partir dos 40 anos, e as mulheres são ligeiramente mais afetadas do que os homens.
Manter-se devidamente em pé é possível graças a um trabalho conjunto entre receptores de músculos e articulações, que nos fazem sentir a posição do corpo; olhos, que nos mostram o que está ao nosso redor; e o labirinto, que garante a noção de equilíbrio. Quando há um distúrbio no labirinto, o cérebro não consegue processar o conjunto de informações que recebe e definir corretamente qual é a posição do corpo no espaço.
O termo labirintite, como o conhecemos popularmente, é usado para definir qualquer distúrbio relacionado à perda de equilíbrio. No jargão médico, porém, esses problemas podem se referir a uma série de doenças envolvendo o ouvido interno, causas e tratamentos variados. Uma das mais frequentes é a chamada vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que ocorre quando os pequenos cristais de cálcio que existem dentro do labirinto se soltam nos canais – efeito que provoca sintomas como vertigem e náuseas.
Fontes: Geraldo Druck Sant'Anna, chefe do serviço de otorrinolaringologia da Santa Casa e professor da UFCSPA, Ricardo Valentim Ferreira, otorrinolaringologista, e Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
O principal sintoma da labirintite é a vertigem: quando a pessoa, parada, tem a impressão de que tudo ao redor, ou ela própria, está girando. Muitas vezes, a vertigem pode vir acompanhada de outros sintomas, como tontura, desequilíbrio, zumbido no ouvido e até náuseas e vômito.
As causas podem não ser bem claras, mas uma parte dos pacientes que descrevem o problema relata ter contraído alguma infecção das vias aéreas, como gripe ou resfriado, antes de perceber os sintomas. Estresse e movimentos bruscos da cabeça, além do uso de determinados medicamentos, distúrbios metabólicos e até a presença de algum tumor no ouvido também estão entre as possíveis causas.
O que fazer em uma crise de labirintite
• Quando os sintomas se manifestarem, procure um lugar onde possa se apoiar.
• Enquanto estiver se recuperando, tente fixar o olhar em algum objeto até que ele fique nítido.
• Retorne às atividades gradualmente, evitando mudanças de posição repentinas.
• Nos momentos posteriores aos sintomas, evite ações como dirigir e subir ou descer escadas.
O tratamento a ser aplicado depende do tipo de doença do labirinto. É preciso diagnosticar o problema, para então controlar gradativamente os sintomas em busca da cura. Dependendo do caso, fatores como estresse, pressão alta e uso de álcool precisarão ser controlados. A solução pode levar até algumas semanas de tratamento.
Não há uma preocupação especial relacionada à demora em tratar o problema, mas a doença tende a ser recorrente em quem não busca um médico.
COMO IDENTIFICAR
COMO PREVENIR
COMO TRATAR