O governo imperial brasileiro tinha interesse especial na imigração italiana, no final do século 19, e a construção de estradas era fundamental tanto para o sucesso desse projeto, quanto para a emancipação das colônias - que não significava ainda a emancipação política.

De acordo com o professor Luiz Brambatti, um dos idealizadores do roteiro turístico que reproduz o caminho dos imigrantes, que desembarcaram em São Sebastião do Caí, a Rota Estrada Rio Branco, quanto mais cedo os colonos começassem produzir e comercializar produtos, mais cedo haveria a emancipação. A estrada Rio Branco só foi entregue à Câmara de São Sebastião do Caí em 11 de dezembro de 1884.

Rio Grande

A viagem para o Rio Grande do Sul chegava até a cidade de Rio Grande. A partir de Pelotas, os imigrantes que desembarcariam na Serra gaúcha ingressavam na Lagoa dos Patos e chegavam a Porto Alegre, onde desciam e pegavam outro barco.

Porto Alegre

A viagem de embarcação a vapor de Porto Alegre a São Sebastião do Caí levava cerca de 12 horas.

Montenegro

A demora da viagem variava de acordo com o porto de destino. Quem iria para Garibaldi (colônia Conde D’Eu) e Bento Gonçalves (colônia Dona Isabel) desembarcava em Montenegro, depois de sete horas de viagem.

São Sebastião do Caí

O porto em São Sebastião do Caí era um projeto estratégico do governo imperial brasileiro para desenvolver a Serra. São Sebastião do Caí (na época, conhecido como porto dos Guimarães, por ser propriedade de Antonio Guimarães) era o último ponto navegável do Rio Caí (o mais extremo e mais perto de Caxias) e, por isso, ponto de desembarque dos imigrantes que iam a Caxias.
Os imigrantes embarcavam em de lanchões – ou barcos maiores quando o rio estava cheio. Havia uma barragem entre Montenegro e São Sebastião do Caí, no município de Parici (que foi a primeira com comportas na América do Sul) e possibilitava uma travessia similar a do canal do Panamá.

Feliz

No início, nem carreta passava pela estrada. A trilha ficava no meio do mato, e os imigrantes abriam um caminho a facão.

Nova Palmira

Essa construção é o antigo paradouro no qual os imigrantes repousavam antes de encarar a penosa subida da Serra, que demorava três dias e três noites.



Caxias do Sul