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Qualidade da educação

Maria Tereza Lunardini Cardoso*

Não há dúvida de que o Brasil potencializou-se através do esporte. No futebol, conquistou várias copas mundiais. No automobilismo, subiu ao pódio com o imortal Ayrton Senna. Nas olimpíadas, muitos atletas brasileiros vêm se consagrando vencedores e ostentando medalhas no peito. No vôlei, na natação e em outras modalidades esportivas, o país já venceu os "invencíveis". Na economia, o Brasil passou de devedor a credor do FMI. O mercado internacional abriu as portas para os produtos brasileiros.

Na educação, o Brasil deu a largada; já venceu a barreira da quantidade - mais de 95% das crianças já estão nas salas de aula. Muitos governantes estão conscientes de que investir em educação infantil é garantir um futuro promissor para muitos pequenos brasileiros; já entenderam que "as flores do futuro estão nas sementes de hoje". No entanto, o Brasil não conseguiu erguer a bandeira da vitória: os resultados da educação brasileira não são alentadores. Os índices de evasão, de repetência e a qualidade do ensino são incompatíveis com os avanços que o país vem conseguindo nesses últimos anos. Na última edição trienal na prova do programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa), referente a 2009, o Brasil ficou no 54º lugar num ranking de 65 países.

Segundo o Inaf (Indicador do Analfabetismo Funcional), os índices de analfabetismo apresentaram declínio nos últimos anos. No entanto, os níveis da avaliação externa sobre as habilidades de leitura e escrita e matemática dos brasileiros entre 15 e 64 anos ainda são preocupantes.Avaliar a situação dessa população-alvo quanto à capacidade de acessar e processar as informações escritas como ferramentas para enfrentar as demandas cotidianas indica que não basta codificar e decodificar palavras ou expressões. Ler e entender diferentes gêneros de textos que circulam socialmente, escrever com clareza e com domínio das noções básicas da língua escrita são hoje condições imprescindíveis para a inserção plena na sociedade letrada. São também requisitos básicos para a promoção pessoal e para conquista de um espaço no mercado de trabalho.

Indiscutivelmente, a educação é o alicerce para o progresso do país; é, portanto, o grande passaporte para o sucesso individual e para a construção do desenvolvimento coletivo de uma nação. É preciso dar a grande largada para o Brasil concorrer em nível de igualdade com as outras nações do mundo e dar a tão sonhada volta olímpica, ostentando a bandeira da vitória na educação.

  • * Professora e mestre em Educação

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Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho

Prêmio RBS de Educação

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