O primeiro coletivo de Caio Júnior à frente do Flamengo confirmou a Gavilán uma realidade: ele está sem prestígio na Gávea. O outrora jogador de Copa do Mundo figurou na terceira equipe rubro-negra, mesclada entre atletas pouco utilizados e juniores. Nem a renovação automática de seu contrato, que terminava em abril e foi prorrogado até o fim de junho o animou.

O paraguaio planeja retornar à seleção. Para tal, afirma que não pode continuar sem jogar. Ele mostrou tristeza por sua participação resumir-se aos treinos.

– Não sei até que ponto foi bom renovar o contrato. A mudança (saída do Joel e entrada de Caio Júnior) abriu uma esperança, mas ainda é muito cedo. Não adianta ter contrato e não ter oportunidade. Quem está fora é esquecido e tem muita coisa a perder. Não adianta a empresa pagar para que eu apenas treine. Dinheiro não é tudo. Tenho objetivos, como voltar à seleção e disputar a Copa – diz Gavilán.

Joel Santana deu poucas oportunidades ao jogador e a diretoria renovou o contrato dele em respeito ao "profissionalismo" do jogador. O desejo é que ele receba propostas para deixar a Gávea. Caio Júnior parece afinado com o pensamento. Ele diz que não pode julgar Gavilán por um treino e acrescentou Éder à lista dos que podem deixar o clube.

– A avaliação deles deveria ter sido feita antes. Não vou avaliar ninguém por um treino apenas. O Gavilán tem ótimo caráter, é um bom cara de grupo e treina igual. Mas não posso falar só por um treino – declara o treinador.

O treinador reduziu o elenco para 29 jogadores nos últimos dias. Colace não está mais no grupo, assim como atletas que voltaram de empréstimo.