As dificuldades para contratação de transporte por parte de torcedores de Caxias e Juventude noticiadas há duas semanas pelo jornal Pioneiro seguem atormentando o planejamento das excursões grenás.

Segundo integrantes da torcida Falange Grená, nenhuma empresa da cidade aceitou locar seus veículos para que a organizada se deslocasse até o Beira-Rio, neste domingo, quando o Caxias enfrenta o Inter pelas semifinais do Gauchão.

- Temos gente sobrando para ir, mas não estamos conseguindo veículos - desabafou o presidente da organizada, Bruno Stalivieri.

A principal queixa da torcida refere-se a uma suposta indiferença da diretoria do clube em auxiliar na mediação do acerto com as transportadoras.

- Tivemos que procurar em outras cidades. Só conseguimos transporte com uma empresa de Nova Roma do Sul - contou a torcedora Josiane Stalivieri, mãe de Bruno.

Na versão dos dirigentes, a prática de subsidiar as viagens das organizadas não é mais adotada pelo clube. Menos ainda a de empenhar o nome da instituição em negociações entre torcedores e empresas.

Os empecilhos, neste momento, restringem-se às organizadas. Um grupo de torcedores grenás sem vinculação formal com a Falange já tem contrato assinado por temporada com uma transportadora da cidade e, assim, garante pelo menos um veículo por excursão.

No lado do Alfredo Jaconi, a torcida organizada Mancha Verde conseguiu locar cinco ônibus para levar torcedores alviverdes a Santa Maria, no domingo, onde o Juventude luta por uma vaga na decisão contra o Inter-SM.

O maior trauma dos torcedores alviverdes, que repercute nas empresas de transporte, foi a agressão sofrida por um motorista em partida contra o Inter no Beira-Rio - o trabalhador chegou a ser hospitalizado. Já os torcedores do Caxias, neste ano, foram recebidos com tiros no retorno de uma viagem a Bento Gonçalves, incidente que aumentou ainda mais a resistência das empresas de transporte locais.