O governo chinês levou nesta sexta-feira diplomatas de 15 países para uma visita ao Tibete. Entre eles, um representante do Brasil, que falou ao Jornal Nacional. Por telefone, de Lhasa, Oswaldo Biato Júnior, o primeiro brasileiro a pisar no Tibete depois dos conflitos contou o que viu:

— Essa visita infelizmente é um pouco curta, é só uma manhã e uma tarde, muito corrida. Não tivemos propriamente contato com a população. Só fomos apresentados à visão oficial chinesa. Visitamos os locais onde houve incêndio, saque, etc. Mas precisamos ouvir também o outro lado, então, se de fato conseguirmos neste sábado conversar com monges, visitar mosteiros e ter um pouco a outra visão, acho que terá valido a pena.

No Tibete, o governo local disse que não vai punir os monges, que na quinta protestaram diante dos jornalistas no principal templo da capital. A promessa foi recebida com desconfiança pelos tibetanos no exílio, que, até agora, não sabem onde estão os monges nem se eles estão bem. No Nepal, em manifestação pela independência do Tibete, 90 jovens foram presos.

Entenda a revolta do Tibete contra a China