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21 de dezembro de 2025
 

| 03/03/2008 | 08h39min

Argentina quer fugir de crise entre Chávez e Uribe

Cristina Kirchner teme ser colocada em saia-justa durante visita a Caracas

A diplomacia argentina teme que o líder venezuelano Hugo Chávez possa colocar a presidente Cristina Kirchner numa saia-justa durante sua viagem a Caracas na próxima quarta e quinta-feira. Segundo fontes da chancelaria, o ministro de Relações Exteriores, Jorge Taiana, quer evitar que Chávez envolva Cristina no conflito entre a Venezuela e a Colômbia durante os discursos públicos das solenidades que participarão juntos.

O principal temor é de que o venezuelano queira "arrancar" de Cristina alguma declaração em seu favor e contra o presidente Álvaro Uribe. A desconfiança surgiu depois da emissão do programa de televisão Alô Presidente, no domingo, no qual Chávez reivindicou essa posição de seus colegas da região. Devido à urgência argentina de firmar um acordo para importar combustível venezuelano, a viagem de Cristina já foi confirmada.

— Mas isso não impede que seja cancelada em caso de que o conflito se agrave — disse uma fonte diplomática.

O governo argentino cultiva uma relação comercial, financeira e política com a Venezuela que, de tempos em tempos, provoca declarações públicas em favor de Chávez. Na semana passada, Cristina defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul para "completar a equação energética na região", como argumentou. Porém, nessa disputa de Chávez com Uribe, Cristina não quer se comprometer pessoalmente.

A chancelaria argentina reconhece que "houve uma violação da soberania territorial do Equador" por parte das forças militares colombianas, o que provocou o assassinato do porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes. A fonte disse que o governo "está profundamente preocupado" pela tensão entre os três países. Chávez também denunciou que o exército colombiano "violou a soberania do Equador ao atacar uma base da guerrilha em território equatoriano". Por isso, Chávez afirmou que apoiará o Equador e enviou tropas para a fronteira daquele país com a Colômbia.

 

AE

 

Editoria de Arte / 

Movimentação das Farc na fronteira gera conflitos entre países vizinhos

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