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22 de dezembro de 2025
 

| 15/02/2008 | 16h36min

Religioso dinamarquês pede fim de violência por caricaturas

"Não faz parte dos ensinamentos do profeta queimar escolas, carros ou a infra-estrutura", defendeu Mostafa Chendid

Um importante imã dinamarquês conclamou os jovens do país a pararem de provocar incêndios e de atirar pedras na polícia depois da quinta noite consecutiva de violência em Copenhague e outras cidades dinamarquesas.

Acredita-se que a republicação de polêmicas caricaturas de Maomé tenha insuflado ainda mais os distúrbios. A violência concentra-se em bairros de maioria imigrante em Copenhague e outras cidades da Dinamarca, e repetiu-se durante toda a semana.

— Por favor, parem o que vocês estão fazendo — pediu o imã Mostafa Chendid, líder da Comunidade da Fé Islâmica durante um sermão pronunciado nesta sexta-feira.

— Não faz parte dos ensinamentos do profeta queimar escolas, carros ou a infra-estrutura. Maomé ensinou-nos a civilização — prosseguiu.

Ontem, importantes jornais dinamarqueses republicaram uma polêmica caricatura de Maomé que alimentou violentos e mortíferos distúrbios em países muçulmanos dois anos e meio atrás.

Os jornais alegaram que, com a republicação, queriam demonstram seu firme comprometimento com a liberdade de expressão um dia depois de a polícia dinamarquesa ter prendido três pessoas suspeitas de tramar um complô para matar um cartunista que desenhou Maomé com um turbante em formato de bomba.

Em setembro de 2005, o desenho de Kurt Westergaard e outras 11 caricaturas de Maomé feitas por diferentes desenhistas provocaram revolta no mundo islâmico. A lei islâmica opõe-se à divulgação de imagens do profeta, sejam elas positivas ou negativas, por temer que isso leve à idolatria.

Hoje houve ainda protestos contra a republicação das caricaturas no Paquistão e em diversas partes do Oriente Médio. No Paquistão, manifestantes queimaram bandeiras dinamarquesas e exigiram a expulsão do embaixador da Dinamarca em Islamabad.

O Irã convocou o embaixador dinamarquês em Teerã para protestar contra a decisão dos jornais de republicar as caricaturas. Em Copenhague, cerca de 800 pessoas promoveram um protesto pacífico contra as caricaturas.

 

AE

 

Rahat Dar, EFE / 

Seguidores do partido islâmico Nafaz-e-Shariat queimam uma bandeira dinamarquesa em protesto pela publicação da caricatura de Maomé

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