Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt — seqüestrada em 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) —, disse que pedirá nesta quarta-feira ao papa Bento XVI um milagre para que mude as posições do governo colombiano.

— Estou aqui na Itália para pedir todo o apoio para que mude a atitude do governo Uribe — disse Yolanda, visivelmente emocionada, depois de seu encontro com o prefeito de Roma, Walter Veltroni.

Yolanda declarou temer os resultados da política do presidente colombiano, que pretende lançar operações militares para resgatar os reféns da guerrilha.

— Apenas através do diálogo podem ser encontradas soluções, não apenas no que diz respeito aos seqüestrados, mas também para poder conseguir a paz — acrescentou a mãe da refém Ingrid Betancourt.

— Não tive apoio do governo colombiano, mas sim dos governos da França, Suíça, de vários países da América Latina, assim como de muitos senadores democratas dos Estados Unidos", apontou Yolanda, antes de lembrar que "Ingrid é a única mulher atualmente seqüestrada por razões políticas, os demais são todos homens. Por isso, peço a ela um tratamento diferenciado".