O sérvio Novak Djokovic, o mais jovem finalista da história do Aberto da Austrália, com apenas 20 anos e 250 dias, afirmou nesta sexta que algo mudou no circuito de tênis masculino.

— Acho que o domínio de Federer e Nadal no tênis masculino era incrível nos últimos anos. Agora é formidável, para a imprensa e para os amantes deste esporte de todo o mundo, ver algo novo. Tudo foi muito rápido para mim, caso alguém me tivesse dito no início do ano passado que jogaria quatro semifinais consecutivas de Grand Slam e duas finais, aceitaria imediatamente, sem dúvida — disse, após surpreender e vencer Roger Federer por 3 sets a 0, alcançando sua segunda final de Grand Slam.

Djokovic analisou seu jogo sem falsa modéstia, mas ao mesmo tempo com humildade, e sem esconder a alegria pelo resultado histórico.

— Na noite de hoje, fui capaz de conduzir a pressão da melhor forma possível, e caso faça isto contra o melhor jogador do mundo, se consegue um resultado positivo, a vitória. Estou muito contente, pois nos momentos cruciais meu serviço me ajudou e foi o melhor elemento do meu jogo, isto é positivo para o futuro. Sempre se aprende nas partidas contra Federer e Nadal. Porém, hoje sabia que tinha que acreditar em mim mesmo em primeiro lugar, e depois ser positivo na quadra, sem ficar nervoso e ser agressivo — explicou.

Para seu rival na final, o igualmente surpreendente Jo-Wilfred Tsonga, Djokovic não poupou elogios:

— Cada esporte espera ter caras novas e Tsonga é uma delas. É um atleta incrível e demonstrou um tênis impressionante nestas duas semanas, mas eu não perdi apenas um set, o que também é incrível. Será interessante ver dois jovens competindo. Claro, não temos nada a perder e, no entanto, há muita motivação. Olhando o ranking eu sou o favorito, mas em uma final qualquer coisa pode acontecer.