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22 de dezembro de 2025
 

| 10/01/2008 | 21h32min

Homem-bomba mata 24 e fere mais 70 no Paquistão

Entre mortos, estão 21 policias que fariam a segurança em um protesto contra o governo

Um homem-bomba detonou seus explosivos no meio de um cordão policial, em frente a um tribunal paquistanês, onde ocorreria um protesto contra o governo, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo mais de 70. O atentado próximo à Alta Corte de Lahore foi o último de uma série no convulsionado ambiente político do Paquistão, que pretende realizar eleições parlamentares em 18 de fevereiro. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas funcionários do governo suspeitam de militantes ligados ao Talibã e à Al-Qaeda. O atentado ocorreu no momento em que agentes da Scotland Yard, a polícia britânica, visitavam laboratórios forenses na cidade, capital da província de Punjab, a fim de examinar evidências relacionadas ao assassinato da ex-premiê Benazir Bhutto, em Rawalpindi.

A explosão estilhaçou vidraças do tribunal e fez disparar bombas de gás lacrimogêneo que policiais portavam, impedindo que as pessoas chegassem perto dos feridos nos primeiros segundos após o ataque. O chefe de operações policiais em Lahore, Aftab Cheema, afirmou que o suicida correu para a barreira policial e se explodiu. Segundo ele, 21 policiais e três civis morreram. Os policiais haviam sido mobilizados para frente do tribunal devido a um protesto de advogados que ocorreria ali. A explosão ocorreu 15 minutos antes do início do ato. Cerca de 200 advogados estavam dentro da Alta Corte na hora do atentado e outros estavam a caminho, vindos de uma corte distrital próxima.

O presidente Pervez Musharraf condenou o ataque e reiterou sua determinação de "continuar a luta contra o terrorismo e o extremismo." O governo, aliado-chave dos EUA, enfrenta uma onda de atentados, supostamente cometidos por radicais islâmicos, que já mataram cerca de 400 pessoas nos últimos três meses. Em 27 de dezembro, a oposicionista Benazir Bhutto e 20 outras pessoas foram mortas num ataque suicida depois de um comício. Seu assassinato deflagrou distúrbios que deixaram dezenas de mortos e forçou a postergação em seis semanas da eleição, que, Musharraf e Washington esperam, trará uma nova era de democracia depois de oito anos de regime militar.

 

AE

 

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