O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que o governo brasileiro viu com pesar e preocupação a morte da ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto.

— Estive com o presidente e ele está muito chocado. Evidentemente temos preocupação de que a situação no Paquistão não se deteriore. É uma zona nevrálgica do mundo hoje — disse Garcia.

A líder oposicionista paquistanesa morreu nesta quinta-feira, vítima de um atentado suicida, durante um comício na cidade de Rawalpindi. Ela foi atingida por tiros, no pescoço e no peito, e morreu no hospital. O atentado deixou pelo menos 20 mortos.

Segundo Garcia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou chocado com o fato. Ele disse que conversou com o presidente e o ministro interino das Relações Exteriores, Samuel Guimarães, que prepara uma nota oficial.

Governo participa de missão em Caracas

Garcia fez as declarações antes de embarcar para Caracas, na Venezuela, onde se integrará ao grupo de observadores que participa da missão que acompanhará o resgate amanhã de três reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A operação de resgate dos reféns foi anunciada ontem, pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com o aval do presidente colombiano, Álvaro Uribe. Serão libertados a assessora da ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, Clara Rojas, o filho de três anos da assessora e a ex-deputada Consuelo Gonzáles.

Consuelo foi seqüestrada em 2003. Clara, em 2002. Seu filho, Emmanuel, é fruto da relação com um integrante das Farc e nasceu no cativeiro.