A divulgação do resultado da contraprova do exame antidoping da nadadora Rebeca Gusmão, prevista para segunda-feira, foi adiada em virtude de uma reforma no Instituto de Controle de Dopagem, laboratório canadense responsável pelas análises.

Breno Tannuri, advogado de Rebeca, disse que ainda não há uma nova data para a entrega do laudo, mas garantiu que sua cliente estará presente na ocasião, embora um especialista tenha sido contratado para acompanhar o caso. Segundo ele, o processo caminha rumo ao esclarecimento.

A nadadora corre o risco de ser indiciada criminalmente por causa dos DNAs diferentes encontrados em suas amostras de urina coletadas no último dia 13 de julho, durante os Jogos Pan-americanos. O médico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Eduardo de Rose, em depoimento à polícia, confirmou a fraude e disse que incriminar Rebeca era “questão de honra”.

No entanto, o quadro mudou depois do depoimento de Renata Castro, ex-médica da CBDA, no qual ela apontou falhas comprovadas nos exames antidoping dos Jogos Pan-americanos, como a mudança do laboratório onde seriam feitas as análises da nadadora, e acusou Eduardo de Rose de perseguir tanto a ela quanto Rebeca. Após a declaração, o próprio investigador do caso, o delegado Marcos Cipriano, admitiu que deve convocar o médico para depor novamente.

– As coisas começam a se elucidar. Não adianta eu dizer que ela (Rebeca) é inocente se não tiver como provar, posso até ser punido por causa disso. Os investigadores haviam dito que a indiciariam depois das declarações do (Eduardo) De Rose. Mas depois do depoimento da Renata (Castro) eles não têm mais certeza disso. Isso mostra que a tendência é o caso caminhar para o esclarecimento e estamos reunindo provas para isto – disse Breno Tannuri.