8° maior campeão

Com 61 títulos aos 27 anos, Nadal pode galgar mais algumas posições - os aposentados Björn Borg, Pete Sampras (ambos com 64) e Guillermo Vilas (62) estão a seu alcance, e uma meta ambiciosa seria bater John McEnroe e Roger Federer (77). Mas dificilmente o espanhol encostará no vice, Ivan Lendl (94), e só em sonho destronará Jimmy Connors (incríveis 110 títulos).

1° em aproveitamento

Com 669 vitórias em 799 partidas disputadas, Nadal tem 83,73% de aproveitamento.

3° em Grand Slams

Nadal ganhou pelo menos uma vez cada um dos quatro principais torneios do tênis (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA). Soma 13 conquistas e só está atrás de Federer, com 17, e Sampras, com 14.

88,06%

É seu aproveitamento em jogos de Grand Slam (177 vitórias e 24 derrotas). Perde apenas para Borg, 89,81% (141 vitórias e 16 derrotas).

7° e último

Depois de Nadal, nenhum outro tenista já conquistou os quatro torneios do Grand Slam. Antes dele, o feito tinha sido alcançado por Don Budge, Roy Emerson, Fred Perry, Rod Laver, Andre Agassi e Federer.

26 títulos de Masters 1000 e 14 títulos de ATP 500

É o recordista em troféus nessas duas classes de torneio.

US$ 66.017.855

em premiação na carreira. É o segundo no ranking histórico - Federer lidera, com US$ 79,7 milhões.

8 títulos em Roland Garros

É o maior campeão na história do Grand Slam francês. Venceu em


Uma derrota

Em 60 partidas no saibro de Paris, Nadal só perdeu uma vez. Foi para o sueco Robin Söderling, nas oitavas de final de 2009.

42 títulos em 48 finais no saibro

Em número de conquistas na superfície, o espanhol só está atrás do argentino Guillermo Vilas (46).

81 vitórias seguidas

No piso de argila, Nadal tem o recorde de invencibilidade, estabelecido de abril de 2005 a maio de 2007.

93,3%

Nadal soma 295 vitórias e apenas 21 derrotas no saibro.

Melhor do que todos

É com justiça que Nadal ocupa o número do ranking. Afinal, ele leva a melhor no retrospecto contra todos os atuais integrantes do top 20. O duelo mais equilibrado é, naturalmente, com o vice-líder, Novak Djokovic: 22 vitórias do espanhol, 17 vitórias do sérvio. Na decisão do Aberto da Austrália, em janeiro, o suíço Stanislas Wawrinka obteve seu primeiro triunfo em 13 partidas, fato que o alçou da oitava posição para a terceira. Metade dos tenistas da lista nunca derrotou Nadal. Confira:

Os duelos de Nadal contra a turma do top 20

Nadal 22 x 17 Djokovic

Nadal 12 x 1 Wawrinka

Nadal 8 x 4 Del Potro

Nadal 21 x 5 Ferrer

Nadal 13 x 5 Murray

Nadal 17 x 3 Berdych

Nadal 23 x 10 Federer

Nadal 12 x 0 Gasquet

Nadal 8 x 3 Tsonga

Nadal 4 x 0 Raonic

Nadal 5 x 0 T. Haas

Nadal 4 x 0 Isner

Nadal 3 x 0 Fognini

Nadal 10 x 4 Youzhny

Nadal 6 x 0 Nishikori

Nadal 7 x 0 Robredo

Nadal 10 x 0 Almagro

Nadal 4 x 0 Dimitrov

Nadal 2 x 0 Janowicz

45 minutos antes de cada jogo, Nadal toma uma ducha gelada. É para entrar no "fluxo", como psicólogos esportivos definem o estado de concentração em que um corpo se movimenta por instinto.

Após o banho, o espanhol veste o uniforme e:

"Sob a água gelada, entro em uma nova dimensão na qual sinto minha força e minha resistência aumentarem. Quando saio do banho, sou um homem diferente."

Quando vai para o jogo, Rafa olha para cima, esquadrinha o perímetro do estádio, procura sua família entre o borrão da multidão na quadra central e fixa aquelas coordenadas.

"Não deixo que eles atrapalhem meus pensamentos nem sorrio durante a partida, mas o fato de saber que estão lá me proporciona a paz de espírito. Ergo um muro a minha volta quando jogo, mas minha família é o cimento que o mantém em pé."

Durante os jogos, duas garrafinhas d'água são mantidas na mesmíssima posição, na frente da cadeira onde Nadal descansa nos intervalos. À esquerda, uma atrás da outra, na diagonal da quadra. A cada pausa, ele bebe um gole de cada uma.

"Algumas pessoas dizem que é superstição. Mas por que eu repetiria o ritual mesmo depois de perder?"

Na hora do saque, as manias do espanhol são:

"Eu preciso ordenar todo o espaço à minha volta, para que ele reflita a ordem que busco alcançar na minha mente. Paro de ser quem sou e me transformo em uma máquina de jogar tênis."

O destro canhoto

Rafael Nadal é um tenista sui generis em praticamente tudo. Não apenas é canhoto - embora famosos e bem-sucedidos (Rod Laver, John McEnroe, Jimmy Connors, Martina Navratilova, Monica Seles), eles são raros no circuito -, como, melhor dizendo, é um destro que resolveu jogar com a mão esquerda. O espanhol usa a direita para as demais atividades, como assinar autógrafos e escovar os dentes. O mentor dessa escolha foi seu tio, Toni Nadal, por entender que, no tênis, o canhoto leva algumas vantagens - causa desconforto nos adversários com os efeitos invertidos, por exemplo.

Fonte: "Rafa: Minha História", biografia assinada por Rafael Nadal e John Carlin e publicada no Brasil em 2011 pela editora Sextante.