Bairro Pôr do Sol

Família Cruz Dorneles

Jaqueline Pinto da Cruz, 33 anos, fez do bairro Pôr do Sol morada e local de trabalho. Há duas décadas, deixou o Pioneiro, bairro vizinho, com a família. Foi na nova vizinhança que conheceu o marido, teve filhos e abriu, há seis anos, uma loja de roupas no andar inferior da casa dos pais.

O bairro é bom para se viver e melhorou bastante, conforme Jaqueline, após a construção da lagoa de contenção, inaugurada em novembro de 2013, o que ajuda a evitar alagamentos.

— Nós perdemos muita coisa. A gente sofria muito — recorda.

Mas tem um ponto que incomoda e assusta a família formada por Ederson Dorneles, 33, marido de Jaqueline, e as filhas Raissa Gabriele da Cruz Dorneles, 12, e Emanuelle da Cruz Dorneles, três meses: a insegurança. O medo de assalto faz com que não andem sozinhos, principalmente à noite.

A família também gostaria de frequentar a pracinha do bairro, que fica do lado de casa, mas o ambiente não é agradável, segundo Jaqueline.

— Poderia ter mais brinquedos, já que tem muitas crianças no bairro, e um bebedouro também — sugere.

Outro problema apontado é o fechamento do quartel do corpo de bombeiros da Zona Norte. A unidade, responsável por uma região onde moram 90 mil pessoas, teve os trabalhos suspensos no início do ano por falta de efetivo e em decorrência da crise econômica.

— Outro dia teve um incêndio e os moradores apagaram o fogo — conta Jaqueline.

Apesar das dificuldades apontadas, a família gosta do Pôr do Sol. Filha mais velha, Raissa não pensa em abandonar o bairro:

— Tem bastante parentes aqui, a vizinhança é boa e tenho amigos aqui _ justifica a estudante do sexto ano da escola Fioravante Webber.



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