RESIDENCIA CANTERVILLE

Teatro Político infantil para crianças educadas no exercício do pensamento crítico, filhos de pais progressistas resignados ao pós-moderno, que preferencialmente saibam (pais e filhos) resistir em silêncio à tentação de fazer comentários durante a apresentação. Comédia musical que transcorre na Inglaterra e na América (América como usam os ianques: "América"). Castelo de Canterville. 1890, segundo Wilde, de que sobrevivem simpáticos traços de linha argumental. Às vezes também é 1870 ou 1938, de acordo com a necessidade. A história, muitas vezes, cede a essa força da enunciação pelos seguintes motivos: custa pouco (o presente é sempre um presente); o castelo está encantado; fantasmas _ no teatro e por aí afora _ há de sobra; a educação é pública; a paideia custosa; a obra é ágil; a vida, curta; o susto é grande e o elenco, um primor. Autoria e Direção: Candelaria Sabagh

A LIRA DOS VINTE ANOS

No fervor da ditadura militar, um grupo de jovens amigos enfrenta preconceitos e discute ideologias para encarar as transformações da vida adulta no agitado Brasil de 1964 a 1968. Uma geração que luta pela liberdade e que ainda dialoga com os dias de hoje. Autoria: Paulo César Coutinho. Direção: Sabrina Moura.

SARAU DAS 9

Com uma livre adaptação do texto de Caio Fernando Abreu e Luís Arthur Nunes o espetáculo questiona a vontade de buscar algo que há muito se foi. Num misto de saudades e lembranças, três atrizes vivenciam quadros que passeiam entre o que é e o que foi. A encenação, ambientada em uma residência, propõe uma espacialidade mais intimista, levando o público para dentro da casa. Através de uma pesquisa teatral, que investiga o fazer teatral em um espaço não convencional, o espetáculo explora o espaço cênico e seus limites, e dialoga sobre perdas e o que fazemos para recuperar o que foi perdido. Autoria: Textos de Caio Fernando Abreu e Luís Arthur Nunes. Direção: Sidney Dietrich.