Em 2007, o Figueirense quase ficou com o título da Copa do Brasil e com a sonhada vaga na Copa Libertadores da América. Sete anos depois, o Alvinegro sonha em repetir a campanha, mas quer um final diferente. Pode parecer um desejo ambicioso, porém, quem já provou uma vez o gostinho de uma decisão nacional não pode deixar de sonhar com mais momentos como aquele. Assim, o Figueira começa a sua caminhada na Arena da Floresta, em Rio Branco, capital do Acre.
2007
campanha do Figueirense no Campeonato Catarinense de 2007 foi decepcionante. O time foi eliminado com rodadas de antecedência e não conseguiu chegar à decisão. Fora da competição caseira, o clube decidiu se dedicar à Copa do Brasil. O técnico Mário Sérgio apostou nos garotos da base e a mistura com atletas experientes deu certo. Jogo após jogo, o time alvinegro foi passando de fase e aumentando o sonho de um título inédito.
Pela primeira vez um time catarinense decidia um título nacional no estádio de maior tradição do futebol brasileiro. Foi no Maracanã que o Furacão bateu o Botafogo na semifinal, em partida marcada por polêmica com arbitragem e pelo frango do goleiro Júlio César no chute de Cleiton Xavier. Ali também foi palco da final. O empate em 1 a 1 com o Fluminense deu ao Figueira grande vantagem para decidir no Estádio Orlando Scarpelli. Um empate em 0 a 0 dava o título ao time, mas não foi assim. Confira histórias desta campanha.
A
O comandante
O vilão
O lado tricolor
O artilheiro
Gols da campanha
O comandante
Após fracassar no Campeonato Catarinense, a diretoria do Figueirense precisou trocar de técnico. Heriberto da Cunha decepcionou os cartolas alvinegros que acreditavam que apostar em um treinador novo era a melhor solução para substituir Waldemar Lemos - que em 2006 comandou o time na Série A e quase classificou o Furacão para a Libertadores. Sem chances de título no Estadual, o Alvinegro analisou que o melhor era trazer um comandante mais experiente. José Carlos Lages, então presidente da Figueirense Participações (empresa que administrava o clube), foi atrás de Mário Sérgio.
Desde 2004 Mário Sérgio não trabalhava como técnico de futebol. Depois de deixar o Atlético-PR, o carioca tinha abandonado a carreira de treinador e atuava como comentarista. Convencido por Lages, veio a Florianópolis, viu no grupo do Furacão, entendeu a filosofia da diretoria e apostou na base. Ao todo foram 12 atletas das categorias inferiores usados na campanha da a Copa do Brasil de 2007.
- Eu tive ótimos trabalhos na minha carreira, não posso me queixar. Nunca foi minha prioridade ser técnico. Esse trabalho no Figueirense era especial. Eu estava parado e o Zé Carlos me convidou e gostei muito do que vi, das pessoas que trabalharam comigo no dia a dia, do Anderson Barros (gerente de Futebol), do Marcão (segurança e faz tudo do clube), entre outros - lembra Mário Sérgio.
O então treinador classifica aquele time como um grande trabalho seu. Lamenta a derrota na final e acredita que na decisão faltou foco aos jogadores, muito por causa de atitudes fora de campo.
“Tínhamos um baita goleiro, Wilson, três ótimos zagueiros. No meio Henrique, um baita volante, e o Cleiton Xavier, habilidoso. No ataque, o Victor Simões era a nossa referência”
Mário Sérgio
Técnico do Figueirense em 2007
A final na íntegra
A invasão ao Maracanã
Hudson fala da campanha
Na campanha de 2007 da Copa do Brasil, o Figueirense utilizou 13 jogadores da base. Confira o valor de mercado atual de 12 destes atletas. Apenas o zagueiro Edson não está na lista, porque está sem clube. Felipe Santana é o jogador mais valorizado. Ele atua na Alemanha, no Schalke 04. Os números foram levantados pela Pluri Consultoria a pedido do Diário Catarinense.
Pedro Botelho - Clube atual: Atlético-PR - R$ 3.663.516,00
Rafael Lima - Clube atual: Chapecoense - R$ 1.592.833,00
Diogo - Clube atual: Sport - R$ 1.497.263,00
Vanderson - Clube atual: Guaratinguetá - R$ 955.700,00
Vinícius - Clube atual: Caldense. R$ 318.566,00
Ramon - Clube atual: Penarol-AM - R$ 318.566,00
2014
Tiago Volpi
Neto
Nirley
Thiago Heleno
Marquinhos
Marquinhos Pedroso
Leandro Silva
Ivan
Marcos Assunção
Luan
Rivaldo
Paulo Roberto
Giovanne Augusto
Vitor Júnior
Wesley
Ricardo Bueno
Éverton Santos
Lúcio Maranhão
Ciro
Dudu
Vinícius Eutrópio
técnico Vinícius Eutrópio conhece o caminho até o título e sabe que sua missão no Figueirense é muito complicada. Chegar a mais uma decisão da Copa do Brasil não será algo fácil, a fórmula mudou. Antes a competição era disputada em apenas seis meses. Hoje ela dura o ano todo e as equipes brasileiras que disputam a Libertadores entram automaticamente nas oitavas de final, aumentando o nível de competitividade e dificuldade. Mesmo assim, o clube espera repetir o time de 2007 e fazer melhor: alcançar o título. E o comandante conta com jogadores importantes nessa missão.
Marcos Assunção é o atleta mais experiente do Furacão e já foi campeão da Copa do Brasil em 2012 pelo Palmeiras. Sua precisão na bola parada pode ser fundamental nos jogos fora de casa. Uma arma que o Figueirense não tinha em 2007. Mais uma vez, o clube está repleto de jovens promessas no elenco. Ao todo são 11 atletas criados no Orlando Scarpelli. Essa é, até agora, a única semelhança entre o time de sete anos atrás e o nosso esquadrão alvinegro.
Em entrevista ao DC, o técnico Vinícius Eutrópio faz uma análise sobre a Copa do Brasil e comenta as possibilidades do Figueirense chegar pela segunda vez à final da competição.
O
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Reportagem: André Podiacki Edição: Rodrigo Herrero Design: Mariana Weber Vídeos: André Podiacki e Caio Figueiredo - Abril de 2014