| 11/02/2008 18h33min
O Brasil acredita que a União Européia (UE) pode ampliar a lista de fazendas aptas a exportar carne bovina ao bloco, disse nesta segunda-feira o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. 
O ministro, que participou de reunião do Conselho Superior da Agroindústria (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), esclareceu que o veto da UE ao gado brasileiro "não é um embargo, mas apenas uma discussão de normas". 
— O Brasil aceitou as regras do jogo e primeiro tem que cumpri-las. Mas necessitamos agregar novos produtores a essa lista — disse, em referência à lista de 300 fazendas brasileiras aprovadas pelo bloco. 
O ministro disse que prefere esperar seis meses por um acordo do que levar o caso perante os tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC). Desde o início de fevereiro, o bloco europeu vem aplicando restrições à importação de carne proveniente do Brasil. 
Stephanes, que espera que na próxima reunião em 
Bruxelas se amplie o número de fazendas autorizadas para 600, considerou que o Brasil necessita ter pelo menos 5 mil propriedades aptas a exportar carne à UE. 
— Até agora é uma vitória dos (produtores) irlandeses, pois nós não temos nenhuma doença fatal, como o 'mal da vaca louca', e não exportamos de zonas com focos de febre aftosa. Mas não estamos em uma crise — apontou. 
Stephanes indicou que o fundo do embargo é puramente comercial, e explicou que o Brasil tem cerca de 2,6 mil fazendas aptas para exportar, sendo que 2 mil devem corrigir problemas burocráticos, pois lhes faltam selos ou certificados que não comprometem as normas sanitárias ou técnicas. 
Por isso, a lista do Brasil, que será discutida, contempla inicialmente 600 fazendas. O erro do país, segundo o ministro, "foi aceitar a partir de 2003 as mesmas condições impostas para os produtores irlandeses que tinham o 'mal da vaca louca'". 
— A UE quer 
importar carne brasileira, o consumidor europeu quer 
nossa carne. O problema é com os produtores — afirmou. 
							
							
								Stephanes: "O Brasil aceitou as regras do jogo e primeiro tem que cumpri-las. Mas necessitamos agregar novos produtores a essa lista"
								
									Foto: 
									Fabio Pozzebom
									
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									ABr
								
							
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