| 13/10/2007 22h42min
Há insegurança em Bogotá. Mas não mais do que nas cidades brasileiras ou em diferentes lugares do mundo. Nos últimos anos, a Colômbia tem investido para que o mundo deixe de conhecer o país e sua capital apenas pelas histórias de Pablo Escobar e dos cartéis do narcotráfico. E tem razões para isso. 
Os colombianos são amáveis e muito parecidos com os brasileiros no jeito de viver e até mesmo na aparência resultante da mistura de diferentes raças. Bogotá, a capital do país, é histórica e ao mesmo tempo moderna. E vai conquistando o visitante a cada dia. 
É aqui que o Brasil estréia neste domingo contra a seleção da casa nas Eliminatórias de 2010. Nisso também os colombianos são semelhantes aos brasileiros: adoram futebol. Embora a seleção local seja unanimidade, o favoritismo brasileiro não é escondido. Na semana que antecedeu este jogo, as qualidades de Ronaldinho, Kaká e Robinho não saíram da cabeça e das conversas dos colombianos. Tanto que a fila para a compra de 
ingresso ao redor do Estádio 
Nemesio Camacho, conhecido como El Campín, durou nada menos do que 29 horas. 
A altitude de 2.640 metros pode causar leves problemas 
A admiração pelo futebol brasileiro é tanta que uma das principais analogias feitas pela imprensa local comparava o nome de dois dos principais jogadores colombianos com craques brasileiros do passado. Os colombianos esperam que Radamel Falcao García e Aldo Leão Ramírez joguem tão bem quanto os antecessores brasileiros. São chamados de "los brasileños de Colombia". 
Além de vencer a seleção da Colômbia em campo, os jogadores (e os brasileiros que estiverem em Bogotá) têm outro desafio em terras colombianas neste domingo. Como a cidade está situada no coração da Cordilheira dos Andes, a altitude de 2.640 metros acima do nível do mar causa uma indisposição comparável a uma leve ressaca. 
Além disso, as temperaturas seguem amenas durante todo o ano. É um eterno outono 
gaúcho. Ao longo do dia pode fazer sol e chover, mas os 
termômetros nunca passam dos 20 °C. Esta semana, a temperatura média foi de 14 °C. Um guarda-chuva, em Bogotá, é artigo indispensável. Todos os bogotenses o têm sempre a mão. A cidade é limpa e organizada. 
Um programa chamado Colombia é Paixão está levando as notícias da nova realidade para o mundo. E ela pode ser vista nas ruas. Há muito policiamento, civil e militar. Ao chegar a Bogotá, a primeira impressão pode enganar. O aeroporto é pequeno para a quantidade de gente circulando, e o número de policiais (o que é positivo) assusta à primeira vista. 
Mas essa idéia logo se dissipa quando se faz amizade com a capital dos colombianos. 
Há estrutura para receber os turistas. São 173 hotéis (redes internacionais que haviam desativado suas unidades do país voltam a operar em Bogotá) e 275 restaurantes com o melhor da culinária local. Os colombianos não entendem muito bem o português. Então, para se virar na cidade, é preciso arriscar ao menos 
um portunhol. Mas a linguagem do 
futebol, seja em português ou espanhol, essa todos entendem por aqui. 
Caroline Torma viajou a Bogotá a convite da Proexport 
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