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 | 20/03/2009 11h33min

Novelletto reclama de demora da CBF em liberar organização do jogo

Dono da Multisom e presidente da FGF explica atraso na venda de ingressos

Depois de várias tentativas, o dono das lojas Multisom e presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, foi localizado ao telefone para falar sobre a confusão ocorrida no início da venda de ingressos para o jogo da Seleção Brasileira no Beira-Rio, contra o Peru, no próximo dia 1ª. Falando de fora do Estado, Novelletto explicou o motivo do atraso e deixou clara sua bronca com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF): 

– No outro jogo, preparamos tudo dois meses antes. Desta vez o homem (Ricardo Teixeira, presidente da CBF) liberou na segunda-feira para nós fazermos o jogo, então ficamos de mãos atadas. Ele estava viajando, sempre no Exterior, e segurou até o último momento. Tivemos que tomar as providências em cima da hora. A empresa pediu cinco dias para fazer os ingressos.

De acordo com Novelletto, os outros jogos das Eliminatórias no Brasil são organizados pela própria CBF. Os únicos que a confederação outorga para a federação local são os realizados no Rio Grande do Sul.

O dono da Multisom explicou que o atraso na venda de ingressos ocorreu porque os bilhetes chegaram à sede da FGF somente na manhã desta sexta, quando o combinado era que fossem entregues na noite de quinta. Então, ainda precisavam ser contados, fiscalizados e distribuídos para as lojas. Por volta das 10h30min, ele disse que as unidades do centro da Capital já estavam recebendo as entradas, que as demais lojas de Porto Alegre receberiam até o meio-dia, as da Região Metropolitana durante a tarde, e as do Interior e de Santa Catarina seriam enviadas por sedex, devendo chegar somente no sábado.

Novelletto explicou ainda a confusão dos ingressos para idosos e estudantes. Quando ele viu que mais de 4 mil haviam sido vendidos por telefone e internet, mandou suspender a venda. 

– Venderam 12 mil ingressos normais e mais de 4 mil para idosos, estava desproporcional. Mandei parar porque senão iam acabar todos. Isso aí caiu na mão de cambista, com certeza. Não tem controle. E, na hora do jogo, não vai ter como fiscalizar. Vai entrar gente de 18 anos com ingresso de idoso. Tu achas que tem como alguém ficar cobrando carteira de identidade no meio do tumulto?

Segundo Novelleto, os quase mil ingressos de idosos restantes seriam encaminhados para a loja da Esquina Democrática, para evitar mais fraudes. 

– Se botar em todas as lojas, o cara passa o dia inteiro comprando, de loja em loja, com a mesma carteira – explica.

Porém, bem menos ingressos com preço especial foram colocados à venda na loja da Esquina Democrática no fim da manhã. 

–Devem ter sido espalhados para todas as lojas, porque, de idosos e estudantes, recebemos entre 80 e cem. Quase mil foi o número total de ingressos que chegaram aqui –garante o gerente, Airton Rosa.

Por volta das 11h, a fila para compra de ingressos já havia diminuído bastante.

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