As exportações brasileiras de couro caíram 58% em janeiro deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. O Rio Grande do Sul é responsável por um terço dos negócios. O couro wet-blue não tratado e que serve de matéria prima foi o tipo mais afetado.

O faturamento com as vendas para o Exterior despencou de US$ 180 milhões, em janeiro de 2008, para US$ 73 milhões no mesmo mês deste ano. Mesmo assim, o setor se mantém otimista.

— Nós vamos ter ainda mais um ou dois meses com essas dificuldades. Em valores físicos, em quantidades, eu acho que nós vamos retomar esse ano os nossos números de 2006 e 2007 — disse o presidente da Associação de Curtumes do RS, Francisco Gomes.

As empresas que trabalham com mais tecnologia, empregam mais mão-de-obra e vendem um produto de maior valor estão conseguindo manter os clientes internacionais e estão sentindo menos os reflexos da crise.

É o caso desta indústria de Portão, no Vale dos Sinos. Produtora de couro acabado para móveis, a empresa conseguiu manter o faturamento mesmo com uma queda de 20% na produção no ano passado.

— (Estamos) trabalhando com o cliente, atendendo às suas necessidades, na pesquisa e no desenvolvimento, e agregando cada vez mais valor ao produto — explicou o diretor da indústria, Leogênio Alban.