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 | 11/01/2009 19h23min

Obama admite que promessas demorarão mais que o previsto para serem cumpridas

Futuro presidente dos EUA diz que prioridade é aprovação de um plano de reativação econômica

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que suas promessas eleitorais, entre elas o fechamento da prisão de Guantánamo, tomarão mais tempo do que previu e que sua prioridade agora é a aprovação de um plano de reativação econômica.

As afirmações foram feitas em uma longa entrevista transmitida pela rede de TV ABC, nove dias antes de sua posse como presidente dos EUA.

Após sua posse, no dia 20 de janeiro, Obama tomará o controle do governo em um momento no qual os EUA enfrentam dois conflitos abertos, uma nova escalada de violência no Oriente Médio, um déficit de mais de um US$ 1 trilhão e uma crise econômica que, em suas palavras, é muito "grave".

— Estou concentrado em uma tarefa muito pesada, que é garantir que iniciamos um pacote de investimento e recuperação — declarou Obama na entrevista pré-gravada no sábado.

— Aqui quero ser realista: não poderemos fazer tudo o que falamos durante a campanha com o ritmo que tínhamos esperado — admitiu o próximo líder americano.

Neste sentido, Obama disse que seu governo poderá corrigir o desenvolvimento da economia americana, que perdeu 2,6 milhões de empregos em 2008, "mas demorará algum tempo, não acontecerá da noite para o dia".

Diante da magnitude da crise econômica, afirmou que ele e sua equipe promovem um plano de estímulo pensado para a criação ou preservação de três milhões de empregos, e um reinvestimento para "alguns dos problemas estruturais" da economia.

Reformas

Obama destacou também a urgência de iniciar uma reforma de saúde, mais investimentos na infraestrutura nacional e na tecnologia da informação, a reforma educacional e a reforma de programas sociais como a Seguridade Social e um programa de assistência médica para idosos e aposentados.

Obama apoiou a idéia da presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, de que o Congresso tenha que aprovar o plano de estímulo o mais tardar no feriado do "Dia dos Presidentes", em 16 de fevereiro.

— Quanto mais cedo iniciarmos um pacote de recuperação e de reinvestimento, mais cedo podemos corrigir (o rumo de) a economia — declarou.

Política externa

Obama disse que o Irã será um de seus "maiores desafios", pois não só está "exportando terrorismo" através do Hamas e do Hisbolá, mas também está perseguindo uma arma nuclear que poderia "criar uma corrida nuclear armamentista no Oriente Médio".

Reiterou a postura que adotou durante a disputa de que, no que se refere à política externa, os EUA devem enfatizar o "respeito" e a vontade para dialogar, inclusive com adversários.

Perguntado sobre se ordenará o fechamento da prisão de Guantánamo (Cuba) nos primeiros 100 dias de seu governo, Obama afirmou que cumprir este prazo "é mais difícil" do que acreditam "as pessoas".

— Não quero ser ambíguo com isto. Fecharemos Guantánamo e nos asseguraremos de que iniciamos procedimentos com acato à Constituição — concluiu Obama.

EFE
Mike Theiler, EFE  / 

Obama disse que seu governo poderá corrigir o desenvolvimento da economia americana, que perdeu 2,6 milhões de empregos em 2008
Foto:  Mike Theiler, EFE


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