Licenciado desde 23 de abril da prefeitura de Alegrete, José Rubens Pillar (PP) morreu às 20h desta segunda-feira, na UTI da Santa Casa do município, onde estava internado desde o dia 3 de agosto.

Pillar será velado no Centro Administrativo Municipalao longo desta terça-feira. Às 15h15min está prevista missa de corpo presente no mesmo local, celebrada pelo bispo de Uruguaiana. O enterro está marcado para a manhã de quarta-feira, em São Vicente do Sul, na Região Central, a cidade onde nasceu. O prefeito em exercício, Nicanor Sobrosa (PP), decretou luto oficial por três dias.

Pillar, de 80 anos, entrou na política nos anos 70, depois de abandonar a batina. Foi prefeito de Alegrete por quatro vezes — em 1976, 1988, 2000 e 2004. Também elegeu-se deputado estadual, em 1994.

Ao longo de sua carreira política, ausentou-se poucas vezes do cargo, mas o câncer de próstata que o acometeu pela segunda vez fez com que pedisse licença do cargo de prefeito em abril último.

Acabaria sendo sucedido pelo presidente da Câmara de Vereadores Nicanor Sobrosa, 16 dias depois de pedir seu afastamento da prefeitura. Sua substituição não seria pacífica, já que todos os que podiam sucedê-lo também pretendiam concorrer às eleições de outubro.

A situação o inquietou e, internado em Porto Alegre para tratamento, em meados de abril, chegou a pensar em voltar para reassumir o cargo. Acabaria sendo contido pela mulher e pelos dois filhos, José Rubens e José Alberto.

Mesmo doente, mantinha um programa de rádio chamado Por um Mundo Melhor, transmitido às 9h30min pela Rádio Alegre, com comentários sobre o cotidiano da cidade, sobre bons modos e sobre suas atividades na prefeitura.

Meticuloso, era dedicado ao trabalho e obcecado por horários. O ex-padre formado em Filosofia e Direito anotava todos os passos numa agenda e, se precisasse se ausentar, deixava gravados os programas de rádio. Nos finais de semana, se dedicava a ler e escrever.