Sai nesta quarta-feira, em Caxias do Sul, o primeiro da série de três leilões de vinho promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na modalidade Prêmio de Escoamento de Produção (PEP). Em cada pregão, serão leiloados 4 milhões de litros de vinhos finos e de mesa, disponibilizando a venda de 12 milhões de litros da bebida.

Reivindicada pelo setor vitivinícola do Estado, a medida é avaliada pelas lideranças como necessária, porém, ainda insuficiente para reduzir o excedente de 100 milhões de litros estocados nas cantinas gaúchas.

Para agosto, está prevista a publicação de outros editais só que para fins de destilação do vinho, com volume total de 42 milhões de litros.

Nesse caso, a subvenção do governo será paga às próprias vinícolas para compensar os custos do processo para destilar parte da produção que será usada para correção da próxima safra. O prazo para processamento desse volume irá até fevereiro de 2009.

O PEP é uma subvenção econômica de apoio à comercialização de produtos de origem agrícola, oferecida em leilões públicos.

O arrematante se compromete a adquirir o produto indicado pelo governo federal, pelo preço mínimo ofertado, promovendo o seu escoamento para a região de consumo previamente estabelecida.

No leilão desta quarta, participam comerciantes, cooperativas e indústrias, desde que façam a compra diretamente de produtores do Rio Grande do Sul e destinem o produto para as regiões Centro-Oeste, Norte ou Sul. O preço mínimo foi definido em R$ 1,29 o litro.

Para Olir Schiavenin, presidente da Comissão Interestadual da Uva, o volume total ofertado deverá ser arrematado, já que, apesar da conjuntura de mercado desfavorável para os vinhos nacionais, com o prêmio pago pelo governo, os compradores ganham um incentivo extra para aquisição do produto.

— Desde que não haja muita burocracia no edital, acredito que (o vinho) vá ser todo comercializado. Demanda tem — afirma o dirigente.