Mato Grosso deve confinar cerca de 480 mil animais neste ano, um crescimento de 25% na comparação com o ano passado. A previsão é da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), que divulga, nesta quinta-feira, dia 29, o primeiro censo sobre confinamento de gado no Estado.

O estudo foi feito em parceria entre entidades do setor rural, órgãos do Governo do Estado e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Universidade de São Paulo. Foram contabilizados números sobre confinamento desde 2005.

Em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quinta-feira, dia 29, o zootecnista da Assocon, Bruno de Jesus, informou que o estudo feito em Mato Grosso foi motivado pelo próprio crescimento do mercado de confinamento no país. Anteriormente, a entidade havia pesquisado a situação em Goiás.

- Tentar construir um panorama de como é a produção, para quem é vendida, como é a estrutura dos confinamentos. Uma verdadeira radiografia.

Segundo ele, as altas no confinamento tem sido expressivas na pecuária mato-grossense. De 2005 para 2006, o crescimento foi de 50% na quantidade de animais confinados. De 2006 para 2007, saltou para 144%, com destaque para um forte aumento no confinamento de fêmeas.

Bruno de Jesus cita como principais pontos positivos do confinamento a redução do tempo de criação e uma melhor utilização do espaço para a criação, que pode ser até compartilhado com outras culturas.

- Em Mato Grosso, percebemos que 51% dos entrevistados trabalham também com lavoura: milho, soja, algodão. Há uma diversificação muito grande.

Por outro lado, o confinamento traz como principal dificuldade o alto custo, explicou o zootecnista da Assocon. O aporte de recursos é alto e deve ser feito em um tempo mais curto.