Os preços do arroz foram pressionados pelos problemas climáticos em países da Ásia. A tonelada do produto asiático passou a custar cerca de US$ 950. A safra mundial sofreu redução de 5% e chagou a 623 milhões de toneladas.

A alta registrada nos últimos 30 dias refletiu no Brasil, que registra safra recorde e coloca o país em vantagem, já que o produtor passa a não depender somente do mercado interno. Segundo o diretor da Bolsa de Cereais de São Paulo, Elias Mello Saad, a política dos asiáticos foi de trancar as exportações.

– Houve uma demanda muito grande, que foi até benéfica porque, desde 2003, o preço do arroz não se corrigia, dando prejuízos aos produtores e ao industrial. Outros estados plantaram milho, soja, que deram valor agregado muito maior – disse ele, em entrevista ao Agribusiness Online, nesta quarta-feira, dia 14.

Mas, apesar da instabilidade, os preços devem se estabilizar no mercado, de acordo com Elias Mello Saad. Ele lembra que o governo intervém no mercado por meio de leilões de estoques oficiais, como o realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Na ocasião, todo o volume ofertado foi vendido. No total, 82,5 mil toneladas armazenadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Está prevista para esta quarta-feira, dia 14, a publicação do edital de um novo leilão, a ser realizado na semana que vem.