| 23/02/2011 21h01min
Na primeira manifestação pública sobre a situação na Líbia, o presidente americano Barack Obama elevou o tom contra o líder líbio Muamar Kadafi. Obama qualificou a violenta repressão de Kadafi aos manifestantes como “ultrajante e inaceitável” e pediu que o mundo fale como um só para responsabilizar o governo líbio.
No seu pronunciamento, Obama não mencionou o nome do líder líbio nem detalhou que medidas serão tomadas. Mas advertiu que vem estudando uma série de opções para forçar Kadafi a parar os ataques contra os manifestantes o quanto antes.
Entre as opções estão sanções internacionais, que podem ser realizadas junto a países aliados aos EUA, ou mesmo unilaterais.
O presidente americano também disse que enviará a secretária de estado americana, Hillary Clinton, para o encontro do Conselho de Direitos Humanos da Nações Unidas, em Genebra. O objetivo principal das conversas com chanceleres aliados é deter o derramamento de sengue no país do norte da África.
Uma das maiores preocupações da Casa Branca é a retirada de cidadãos americanos.
— Temos sugerido à nossa gente para deixar o país, e o Departamento de Estado ajuda os necessitados — disse Obama.
Hillary quer ação internacional conjunta
Algumas horas antes do pronunciamento de Obama, Hillary havia voltado a condenar o uso da violência contra manifestantes na Líbia. A manifestação foi realizada durante entrevista ao lado do chanceler brasileiro Antonio Patriota.
Hillary advertiu que o governo de Muamar Kadafi deverá responsabilizar-se por suas ações.
— Vamos refletir sobre todas as opções possíveis para tentar pôr um ponto final na violência, para tentar influir sobre o governo — afirmou.
A secretária de Estado também destacou a necessidade de uma ação conjunta da comunidade internacional, lembrando que "muitos países têm uma relação mais próxima da Líbia do que a mantida por nós".
Primeiro pronunciamento de Obama sobre repressão na Líbia, com Hillary ao fundo
Foto:
JIM WATSON/AFP
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