| 31/01/2011 18h58min
O Ministério das Relações Exteriores recomenda que os brasileiros não visitem o Egito neste momento, até que o país africano volte à normalidade. Turistas brasileiros no Egito estão enfrentando muitas dificuldade para deixar o país, pois não encontram vagas nos voos.
Por causa do grande número de estrangeiros que tentam deixar o Egito, o aeroporto do Cairo está superlotado e as companhias aéreas não estão conseguindo cumprir horários.
O ministério não sabe quantos turistas brasileiros estão, neste momento, no Egito. Estima-se que aproximadamente 100 brasileiros vivam no Cairo, capital do país. A maioria, mulheres casadas com egípcios.
A Embaixada do Brasil no Egito colocou números de telefone à disposição dos brasileiros que estão no país, palco de intensos protestos pela renúncia do presidente Hosny Mubarak.
Os telefones são (00xx202) 2575-6877 e 2577-3013. O número do plantão diplomático é (00xx2010) 8177678.
Confira a cronologia dos incidentes:
De 17 a 20 de janeiro:
Um homem de 50 anos toca fogo em si mesmo em frente ao Parlamento, no Cairo, numa possível reprodução do suicídio de um jovem tunisiano em meados de dezembro que desencadeou a revolta e subsequente derrubada do presidente Zine El Abidine Ben Ali. Nos dias seguintes, mais três egípcios fazem o mesmo — um deles, de 25 anos, não resiste aos ferimentos e morre.
Foto: Martin Bureau, AFP
Dia 25:
Insuflados pelo líder da oposição, Mohamed ElBaradei, milhares de pessoas tomam as ruas do Egito pedindo a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak. Nos confrontos com a polícia, dois manifestantes morrem em Suez e um policial é morto no Cairo.
Dia 26:
As manifestações se espalham dos grandes centros para cidades menores, aumentando em número e violência. No Cairo, um policial e um manifestante são mortos, enquanto em Suez 55 protestantes e 15 homens da força anti-motim são feridos.
Dia 27:
Diante do saldo violento, com mais um jovem morto em Sinai, a Casa Branca cobra providências do governo do Cairo para evitar os embates, enquanto a União Européia chama atenção para o direito de protestas da população.
Dia 28:
O saldo da violência chega a 13 mortos, centenas de feridos e quase mil presos. Os protestos aumentam e manifestantes tocam fogo no prédio do governo em Alexandria e na sede do Partido Democrático Nacional. Os serviços de internet são derrubados e ElBaradei diz que está pronto para liderar a transição, enquanto Mubarak impõe toque de recolher e promete reformas.
Foto: Reprodução, Egyptian TV
Dia 29:
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, designou um vice-presidente, o chefe da inteligência Omar Suleiman, pela primeira vez em 30 anos, e um novo primeiro-ministro, ambos com cargo de general, para tentar sufocar a rebelião já deixa mais de 90 mortos.
Manifestantes se reúnem perto de tanques do exército na praça Tahrir, no centro do Cairo
Foto:
Miguel Medina
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AFP
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