Ambiente | 15/03/2011 09h13min
A globalização está matando as abelhas, assim como as doenças das abelhas estão sendo espalhadas lentamente pelo mundo graças à abertura dos mercados. E as tentativas de industrializar a polinização estão deixando o problema ainda maior, afirma um estudo da ONU.
As inexplicáveis mortes de abelhas vêm se tornando uma questão crescente ao redor do mundo nos últimos cinco anos, um fenômeno classificado como "transtorno do colapso da colônia". Abelhas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia estão sendo afetadas, embora seja difícil reunir dados confiáveis sobre quantas morreram.
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Algumas colônias de abelhas morrem naturalmente com o tempo, principalmente no inverno, mas a escala das mortes relatada pelos criadores levou governos e cientistas a examinarem a razão da ameaça a esses insetos e, em alguns casos, tentar contornar o problema mudando a forma de criá-los.
Mas as tentativas da indústria agrícola para travar a queda no número de abelhas por meio de melhorias e juntando-as em enormes colmeias só agravam o problema, pois as criações industrializadas propiciam as condições ideais para a proliferação de pragas e doenças causadas por fungos aparentemente responsáveis por muitas mortes de abelhas.
A movimentação das colmeias de fazenda a fazenda para estimular a polinização espalham ainda mais as doenças.
- Nós estamos criando as condições ideais nas colmeias artificiais para promover a contaminação química. Essa é a ironia e não diz respeito somente às abelhas - também pode ser aplicada a florestas naturais versus plantações e monoculturas (que são mais suscetíveis a doenças) - afirmou um oficial da ONU.
O Programa Ambiental da ONU (Pnuma) concluiu no relatório - intitulado Global Bee Colony Disorders and Other Threats To Insect Pollinators (Transtornos Globais das Colônias de Abelhas e Outras Ameaças a Insetos Polinizadores, em tradução livre) - que "mais de uma dezena de fatores" estão por trás das mortes das abelhas. Nessa lista estão a poluição do ar, a rápida propagação de doenças e a variedade de parasitas como o varroa, assim como a perda de hábitats para flores selvagens em áreas intensivamente exploradas.
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