Duas grandes companhias de dança do Brasil foram anunciadas na última semana como os destaques do 34º Festival de Dança de Joinville. A São Paulo Companhia de Dança e o Balé do Teatro Guaíra serão os responsáveis pela Noite de Abertura e pela Noite de Gala, respectivamente, com espetáculos que apresentam as criações contemporâneas da dança sob a direção de grandes coreógrafos.

Os ingressos começam a ser vendidos nesta segunda-feira para os membros do Clube Sócio Mais pela internet, no site oficial do Festival de Dança. Nos dias 30 de abril e 1º de maio, começa a venda para o público em geral pela internet e na bilheteria do Centreventos Cau Hansen, das 13 às 19 horas.

Entre 2 de maio e 15 de julho, a venda será somente pela internet e na sede do Festival de Dança (das 10 às 17 horas). As noites especiais têm ingressos com valores entre R$ 100 (plateia 1) e R$ 30 (arquibancada 2).

A São Paulo Companhia de Dança, que esteve no Festival de Joinville pela última vez em 2009, vem sob a direção de Inês Bogéa com três coreografias. Duas delas já faziam parte do repertório (Petite Mort e Gnawa), enquanto Suíte para Dois Pianos irá estrear um mês antes da apresentação em Joinville.

Já o Balé do Teatro Guaíra, de Curitiba, traz um espetáculo de balé com versão contemporânea: a montagem de Cinderela, o clássico dos irmãos Grimm, em uma adaptação da história para os anos 1950.

A coreografia é do espanhol Gustavo Ramirez Sansano, conhecido pela transposição que faz de peças clássicas para a dança contemporânea, como o elogiado Dom Quixote (Quixoteland), em 2011, com o Luna Negra Dance Theater, de Chicago.

Sansano foi convidado para criar um projeto especial para os 45 anos do Balé do Teatro Guaíra, completados em 2014, e realizou o desejo de levar aos palcos a sua própria versão da história da Gata Borralheira.

Noites especiais - São Paulo Companhia de Dança

Petite Mort

A coreografia é do checo Jirí Kylián, criada em 1991 sobre dois concertos de Mozart para o piano. A obra tem remontagem de Patrick Delcroix e tem seis homens e seis mulheres em cena. O tema principal é o prazer e a duração desse momento.

Gnawa

Gnawa é uma peça de 2005, criada pelo espanhol Nacho Duato, que utiliza os quatro elementos fundamentais (água, terra, fogo e ar) para tratar da relação do ser humano com o universo. A obra apresenta o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança. Ela faz parte do repertório da SPCD desde 2009.

Suíte para Dois Pianos

A obra do alemão Uwe Scholz entra agora no repertório da companhia. Scholz criou movimentos inspirados nas reflexões do artista plástico Wassily Kandinsky e na música do russo Sergei Rachmaninoff e, enquanto a coreografia acontece, quatro obras de Kandinsky são projetadas ao fundo da cena.

Noite de Gala - Balé Teatro Guaíra

Cinderela

Transportado para as décadas de 1950/60, o clássico infantil passa a contar com as saias rodadas, as lambretas e a televisão dominando o cenário. Por isso, em vez de um castelo, a história de amor é ambientada em uma mansão e um carro conversível substitui a carruagem de abóbora. No lugar do príncipe, é um playboy milionário quem procura a moça por quem se apaixonou durante o baile. A coreografia é do espanhol Gustavo Ramirez Sansano e os figurinos de Gelson Amaral.