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Itapema FM  | 05/01/2016 15h10min

5 livros que embalaram as estantes em 2015

Biografias, memórias, teses: bibliografia musical do ano teve títulos para todos os gostos

Atualizada às 15h10min Emerson Gasperin  |  emerson.gasperir@diario.com.br

A retrospectiva do ano continua, desta vez destacando livros relacionados à música. Muitas obras com a trajetória de importantes personagens e fatos do pop nacional foram abortadas ou adiadas por causa da lei que ameçava biógrafos com processos judiciais. Com a derrubada da censura pelo Supremo Tribunal Federal, a tendência é de que venham à tona e tornem a disputa mais acirrada no final de 2016. Por enquanto, além dos cinco títulos listados abaixo (em ordem alfabética), é imperioso destacar a história do Kraftwerk – Publikation, recentemente abordada neste espaço – e conferir menções honrosas a John Lennon em Nova York – Os Anos da Revolução e a Como a Música Ficou Grátis. Boa leitura!

Cowboys do Asfalto – Música Sertaneja e Modernização Brasileira, Gustavo Alonso | Finalmente uma obra à altura do sucesso que o neossertanejo faz entre a juventude. O estilo é inserido na linhagem da música caipira, aproximando dois mundos que possuem raízes em comum, mas alcances diferentes. Para compreender o significado disso no Brasil atual e descobrir como a percepção de bom e mau gosto tem sido construída, o autor analisa a relação do gênero com rock, axé, MPB, pagode, bossa nova e tropicalismo.

Crime Perfeitcho – Rock Anos 1980, Mundo 48, Rodrigo de Souza Mota | Não é porque o rock de Florianópolis (e também de Santa Catarina) seja uma interrogação no mapa musical brasileiro que não mereça ter seus protagonistas lembrados. Esta tese de doutorado que virou livro traz os guerreiros que driblavam a falta de dinheiro e de estrutura para viver a aventura de ter uma banda na provinciana capital de 30 anos atrás. Acompanha CD que desenterra faixas de ícones locais como Decalco Mania, Tubarão e Expresso.

Le Freak – Autobiografia do Maior Hitmaker da Música Pop, Nile Rodgers | Apesar da pretensão do título, não dá para duvidar de um cara que compôs, produziu e/ou tocou com nomes tão díspares como Madonna, David Bowie, Daft Punk e até Jota Quest. Com outros artistas ou à frente da banda Chic, Nile Rodgers conheceu como poucos as recompensas e armadilhas do showbiz. Negro e filho de viciados em heroína, o futuro guitarrista tinha tudo para acabar na sarjeta – até a música transformar seu destino.

A Garota da Banda, Kim Gordon | Com o fim do casamento de 27 anos com Thurston Morre e, por tabela, da história que ambos construiram junto a bordo do Sonic Youth, a metade feminina do ex-grupo olha para trás. Fala da infância, dos pais distantes, da timidez, do irmão esquizofrênico, da paixão pelas artes, da maternidade, da terapia para adiar o divórcio. Entremeadas com passagens relacionadas à cena alternativa do rock nos Estados Unidos, suas memórias e reflexões expandem o interesse do livro.

A Noite do Meu Bem – A História e as Histórias do Samba-Canção, Ruy Castro | O mestre que já escreveu sobre a bossa nova agora se debruça sobre o período anterior, quando a proibição dos cassinos na década de 1940 fez com que os músicos cariocas migrassem para bares e boates menores para apresentações intimistas. Lançado no final do ano e ainda sendo devorado pela coluna, apresenta em ritmo de romance a época em que a música brasileira era muito mais discreta e, nem por isso, menos ambiciosa do que a atual.

Emerson Gasperin / Agência RBS

Sertanejo, pop, rock alternativo e até o pop de Florianópolis tiveram histórias contadas
Foto:  Emerson Gasperin  /  Agência RBS


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