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Itapema FM  | 05/11/2015 14h24min

Depois de meses de especulação e anos de espera, Rolling Stones confirma show em Porto Alegre

Banda confirmou em seu site oficial apresentação na Capital em 2 de março de 2016

Francisco Dalcol  |  francisco.dalcol@zerohora.com.br

Você já se perguntou o que vai acontecer quando os Rolling Stones acabarem? Do alto da invejável vitalidade que esbanjam na casa dos 70 anos, Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts parecem ter encontrado o elixir da imortalidade do rock. Só que é preciso lidar com o fato de que, um dia, a mais invencível banda de rock de todos os tempos vai se entregar. E, assim, quem um dia viu os Stones poderá se vangloriar do privilégio.

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Do panteão dos deuses do rock, sua santidade Paul McCartney já abençoou o público gaúcho em 2010. No ano seguinte, foi a vez de Ringo Starr. Também já vimos Bob Dylan, Black Sabbath, Deep Purple, Kiss, Robert Plant, Roger Waters (David Gilmour vem aí no dia 16 de dezembro)... Mas faltavam os Stones. Depois do show que eles apresentarão em Porto Alegre no dia 2 de março no Beira-Rio, encerrando a turnê brasileira que começa em 20 de fevereiro, no Rio, o Olimpo do rock terá passado por aqui. E seus súditos fiéis, enfim, ganharão sua redenção. Ou seja, quando (e se) os Stones acabarem, gerações poderão dizer que foram testemunhas de sua aparição por estas bandas.

Daí o significado desta quarta incursão da banda pelo Brasil – nas outras vezes, em 1995, 1998 e 2006, sempre tocaram em São Paulo e Rio. É claro que os shows na Argentina também arrastaram multidões aqui do Estado para ver Jagger, Richards, Wood e Watts. Mas um espetáculo no quintal de casa tem especial e inesquecível valor. E quem não for terá de conviver com o fardo do arrependimento pelo resto da vida.

Os Rolling Stones seguem relevantes e na ativa desde quando surgiram, em 1962, na Inglaterra, como garotos branquelos sintetizando a música negra americana da qual eram tão fãs. Como grupo, nunca pararam. Tiveram perdas (Brian Jones foi demitido da banda em 1969 e morreu logo em seguida) e desligamentos (Mick Taylor e Bill Wyman), mas seguem com o mesmo time principal há quatro décadas. São os remanescentes de uma geração que fez do rock não só a trilha sonora de uma época e das gerações seguintes, mas o mais potente veículo a catalisar a atmosfera de um período de revoluções no comportamento e nos costumes.

A cultura pop como a conhecemos não seria a mesma sem Stones, Beatles e os abalos causados por eles. Mais provocadores e indecentes que os rivais de Liverpool, os garotos de Londres percorreram os subterrâneos e inventaram o estilo de vida sexo, drogas e rock’n’roll pela conta e risco de quem se aventurava em algo que não sabia no que podia acabar. Com o fim dos Beatles, os Stones tinham o caminho livre, mas pagaram alto preço pelos excessos e atravessaram os anos 1970 envoltos em apuros, escândalos e tragédias. Sobreviveram a eles mesmos, e ainda ao punk, à discoteca, à new wave e à década de 1980, que colocou em extinção um sem-número de dinossauros do rock clássico.

Com tino para os negócios, os Stones seguiram as décadas seguintes fazendo fortuna. E permanecem entre nós, contrariando a profecia de Jagger nos anos 1970 – “Não quero ser um astro de rock a vida toda” – e fazendo de um de seus versos uma máxima: “I know, it’s only rock’n’roll, but I like it”.

Kevin Winter / AFP

Show dos Rolling Stones foi confirmado no site oficial da banda, com vídeo especial para a América Latina
Foto:  Kevin Winter  /  AFP


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