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Itapema FM  | 24/09/2015 09h58min

Exposições 'A Cor Gráfica do Japão' e 'Tinta Negra' abrem nesta quarta-feira no Instituto Juarez Machado, em Joinville

A primeira, de artistas nipo-brasileiros, revela uma explosão em cores; enquanto a segunda, de jovens artistas, trabalha com o preto sobre o branco

Cláudia Morriesen  |  claudia.morriesen@an.com.br

Era a primeira metade do século 20 quando cinco dos seis artistas que têm obras na exposição que será aberta na noite desta quinta-feira em Joinville deixaram para trás o seu Japão de nascimento e seguiram em direção ao Brasil. Abandonavam um país assolado pela guerra e pela miséria, mas traziam na bagagem talento moldado pelas técnicas do mundo oriental das quais não se desligariam.

Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Yutaka Toyota e Kasuo Wakabayashi são alguns dos nomes da arte contemporânea que fizeram parte do processo de integração da arte e da cultura japonesas no País. Com Yugo Mabe – que não faz parte da lista de imigrantes por ser filho de Manabe e já ter nascido no Brasil  –, eles terão suas obras expostas nas paredes do Instituto Internacional Juarez Machado pelas próximas cinco semanas.

A exposição A Cor Gráfica do Japão – que terá as presenças de Yugo Mabe e Toyota na abertura – é única. Em visita ao editor e impressor Décio Rosolen, em São Paulo, Juarez Machado escolheu as 37 gravuras que vieram a Joinville.

– Elas foram selecionadas pela essência da cor, pela força cromática da arte daquele país. Boa parte deste grupo vem de famílias de lavradores e traz um imaginário muito forte do Japão em suas obras – avalia o curador e vice-presidente do instituto, Edson Machado.

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Contraponto em preto e branco

Ramón Rodríguez e Samuel Casal não vêm de longe. Eles se tornaram conhecidos em Florianópolis pela proposta inovadora de criar a Gráfica Clandestina, um carrinho de madeira que deixou de vender doces pelas ruas para expor arte. É nela que Ramón e Samuel trabalham com gravação e impressão em xilogravura, técnica utilizada em suas obras extremamente contemporâneas. Itinerante, a gráfica funciona também para democratizar o conhecimento sobre a produção artística. Com a exposição Tinta Negra, eles ocupam o segundo piso do pavilhão do Instituto Juarez Machado.

– Eles utilizam códigos e elementos que remetem a uma linguagem urbana. É quase uma tatuagem, um grafite – avalia Edson.

Apesar de a técnica ser antiga – a xilogravura é um processo de impressão que utiliza como matriz um carimbo de madeira e que tem indícios de já existir no Egito no século 6, tendo se popularizado na Europa no fim da Idade Média –, o trabalho dos dois artistas vai ao encontro dos temas atuais da violência e brinca com ícones da história como Edgar Allan Poe e o expressionismo do cinema alemão. É a primeira vez que Ramón e Samuel expõem juntos e também estarão em Joinville para a abertura.

Agende-se:

O quê
: exposições A Cor Gráfica do Japão e Tinta Negra.

Quando: abertura quinta-feira, 24 de setembro, das 19 às 22 horas. A visitação vai até 31 de outubro, de terça a sábado, das 10 às 19 horas, e aos domingos e feriados, das 15 às 19 horas.

Onde: Instituto Internacional Juarez Machado (rua Lages,
994, América).

Quanto: R$ 5, com meia-entrada para estudantes e idosos. Grupos pré-agendados e quem chegar de bicicleta não paga entrada.

A NOTÍCIA
Claudia Baartsch / Especial

Exposição 'A Cor Gráfica do Japão' conta com seis artistas nipo-japoneses
Foto:  Claudia Baartsch  /  Especial


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