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Itapema FM  | 27/08/2015 18h09min

"Ainda existe machismo no mundo da tecnologia", afirma cientista britânica da computação

A pesquisadora Sue Black ligada a University College London falou sobre mulheres pioneiras na tecnologia em evento na UFRGS

Atualizada às 19h00min Felipe Martini  |  felipe.martini@zerohora.com.br

A presença da mulher no mundo da tecnologia foi o tema de um painel que aconteceu nesta quinta-feira no auditório de Informática da UFRGS. O evento Tech Talks UK/Brasil, contou com a ilustre presença da Profa. Dra. Sue Black da University College London, que também escreve sobre tecnologia em jornais como The Guardian e Daily Mail.

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– Há quase 20 anos, quando comecei minha graduação em ciências da Computação no Reino Unido, a sala de aula era composta por 90% homens e apenas 10% mulheres. Eu achava intimidante ter tantos homens. Durante a minha carreira, tive diversos episódios desagradaveis. Em conferências científicas muitos homens me ignoravam e não me levavam a sério – contou a britânica.

A partir de suas experiências, a professora Black montou uma rede online para unir mulheres que trabalham com tecnologia na Inglaterra, além de liderar um projeto para ensinar programação para colegas. Em sua apresentação, a PhD em engenharia de software mostrou exemplos de mulheres que foram pioneiras durante a história como Ada Lovalace, considerada uma das primeiras programadoras do mundo e Mavis Batey, uma jovem que com apenas 18 anos, trabalhou no Bletchley Park durante a Segunda Guerra e decifrou diversos códigos nazistas para os ingleses. 

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Para a pesquisadora é difícil dizer se a questão do machismo melhorou ao longos dos anos em sua carreira:

– Hoje, estou mais confiante e mais madura. Alguns homens ainda reagem diferente em ver uma mulher trabalhando com tecnologia. Ainda existe muito machismo. Nós temos que ajudar a mudar essa cultura. Eu acredito na equidade entre homens e mulheres. O machismo está em diversas partes da sociedade. Não acho que é uma situação de um gênero contra o outro. Somos todos nós que temos que mudar essa realidade – ressaltou Black.

Além da cientista estrangeira, o painel também contou com as presenças das professoras Dra. Ingrid Nunes do Instituto de Informática–UFRGS,  Dra.Joana Bosak Figueiredo do Instituto de filosofia e ciências humanas – UFRGS e Desiree Santos da ThoughtWorks.

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