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Itapema FM  | 18/08/2015 07h06min

Primeiro satélite projetado por catarinenses será lançado na quarta

Nanossatélite desenvolvido por pesquisadores da UFSC em parceria com quatro universidades brasileiras será levado ao espaço pela missão japonesa e entrará em órbita em outubro

Francelise Martini, Especial  |  reportagem@diario.com.br

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é parceira do terceiro nanossatélite brasileiro que será lançado amanhã, em Tsukuba, no Japão, pela Jaxa, agência espacial japonesa. Ele servirá para coletar informações climáticas e ficará em órbita de quatro a seis meses. O projeto, classificado como Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens), foi desenvolvido por um consórcio integrado pela UFSC com outras quatro universidades federais e financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A equipe da UFSC é composta por professores e estudantes dos campi de Florianópolis e Joinville.

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O professor do Departamento de Engenharia Elétrica Eduardo Augusto Bezerra explica que o satélite foi desenvolvimento fisicamente em Brasília, e a participação dos pesquisadores da UFSC foi remota e presencial:

— Os alunos tiveram muito treinamento de como funciona uma missão espacial. Os professores atuaram mais como consultores de como seriam os módulos do satélite.
Essa primeira missão do programa foi coordenada pela Universidade de Brasília (UnB).



A próxima, chamada de Serpens 2, que dará sequência ao projeto atual, será liderada pela UFSC. Bezerra, salienta que o diferencial da próxima missão é que todo o projeto terá componentes brasileiros: 

— Nessa primeira etapa, tivemos que usar placas de universidades estrangeiras. Na próxima, todo o material será produzido pela UFSC.

A universidade catarinense também irá lançar em dezembro de 2016, através da Agência Espacial Europeia, o satélite FloripaSat. O primeiro totalmente produzido pela instituição. O engenheiro mecatrônico e bolsista da AEB, Gabriel Figueiró explica que o projeto Serpens tem como foco principal fomentar a educação espacial do país, além da capacitação de recursos humanos. A Coordenadora do projeto na UnB, Chantal Cappelletti, diz que esse tipo de pesquisa envolve menos recursos e pode assumir mais riscos.

Além da UFSC participaram do projeto as universidades do ABC (Ufabc), de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Federal Fluminense (IFF). Atuam no projeto também a universidade de Vigo (Espanha), Sapienza Università di Roma (Itália) e Morehead State University e California State Polytechnic University (EUA).

DIÁRIO CATARINENSE
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