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Itapema FM  | 21/08/2014 22h02min

Ira! é mais um exemplo de bandas que nunca acabam

Colunista do "Anexo", Emerson Gasperin fala sobre o retorno do grupo que faz três shows em Santa Catarina no fim de semana

Atualizada em 22/08/2014 às 15h28min Emerson Gasperin  |  emersongster@gmail.com


Tudo bem e sem razão

O rock nacional tem suas tradições. Uma delas é a das bandas nunca acabarem em definitivo. Não seria o Ira! que quebraria a escrita. O grupo passa por Santa Catarina neste final de semana com a turnê que marca sua volta após o conturbado rompimento, em 2007.

Da formação original sobraram apenas o vocalista Nasi e o guitarrista Edgar Scandurra. É o que resta e o que basta para que os shows de hoje em Joinville, amanhã em Indaial e domingo em Florianópolis tragam consigo muitas virtudes. Nenhuma musical.

O retorno aos palcos impôs uma mudança de comportamento aos envolvidos. Longe da droga que o estava destruindo, o cantor reconciliou-se com o irmão Airton Valadão Jr. - por acaso também empresário do grupo - e com o velho parceiro. Pode-se duvidar da sinceridade dos atos, mas não de sua validade. Às vezes tudo bem, às vezes sem razão, vencer o vício, tolerar as diferenças e perdoar são maiores do que ABCD, a única canção inédita que integra o repertório.

Quando separados, os remanescentes do atual quinteto ficaram tentando se satisfazer com outros sons, outras batidas, outras pulsações. Nasi vasculhou o passado com os Irmãos do Blues, Scandurra viu futuro na eletrônica. O presente é desfilar os hits de sua carreira conjunta em 200 shows até 2015, culminando com um obrigatório CD/DVD ao vivo. Se tudo der certo, o Ira! vira o Capital Inicial e obtém mais sucesso agora do que em sua encarnação anterior. O próximo passo é um dos dois se tornar jurado do SuperStar.


Leia outras colunas de Emerson Gasperin no Anexo


Mutantes encaixotados



Quem também está voltando são os Mutantes. Pelo menos às lojas, com uma caixa reunindo os discos da fase clássica - os cinco primeiros mais o póstumo Tecnicolor, todos gravados entre 1968 e 1972, ainda com Rita Lee a bordo -, além da compilação Mande um Abraço pra Velha. Essa última contém faixas extraídas de festivais e de participações em álbuns de outros artistas, nada muito significativo. De qualquer maneira, sempre é hora de apreciar a maior banda brasileira de todos os tempos.

ABBA para hipsters



Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia e leve com você Impressions, do Music Go Music. No terceiro disco, o trio de Los Angeles consolida-se como o ABBA de sua geração com Nite After Nite, Inferno e People All Over the World, que não fariam feio se entoadas pela matriz sueca nas pistas mundiais durante a virada dos anos 1970 para os 1980. Tudo livre, leve e solto, como devem ser os sonhos mais loucos.

DIÁRIO CATARINENSE
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