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Itapema FM  | 11/06/2014 08h58min

Depois de jejum de seis anos, Skank lança novo álbum de inéditas

'Velocia' tem onze composições escritas pelo quarteto nos dez meses que ficaram em estúdio. Parcerias com Nando Reis, B. Negão, Lia Paris e Emicida marcam presença em faixas

Atualizada em 12/06/2014 às 11h36min Layse Ventura  |  layse.ventura@diario.com.br

Depois de 23 anos de estrada e com fases musicais tão distintas, é natural que gerações de brasileiros tenham conhecido Skank de maneiras diferentes. Alguns cresceram junto à banda, ouvindo as pegadas de ska. Outros acompanharam a passagem para o rock clássico. Agora as diferentes influências convergem em um único álbum, o Velocia, lançamento e 14º disco da banda.

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A notícia chega em boa hora, já que tem seis anos que o grupo não lança um álbum de inéditas – desde Estandarte, em 2008. Mas longe de ter ficado parado, o quarteto se envolveu em outros projetos, como o lançamento do Multishow ao Vivo - Skank no Mineirão (2010), Ao Vivo no Rock In Rio (2011) e Skank 91 (2012), compilação das demos tocadas no primeiro show da banda, em 1991. A turnê nacional começa em setembro, por São Paulo ou Rio de Janeiro.

O nome Velocia é uma brincadeira e reflexão com tudo isso que o tempo envolve: o hiato de um lançamento de inéditas, a história da banda, a rapidez promovida pela internet. Samuel Rosa, atento a isso, queria um nome que sugerisse essa velocidade.

Para embalar as 11 faixas, o grupo contou com o trabalho do artista espanhol Oriol Angrill Jordà no encarte. As pinturas, em técnica mista de lápis e aquarela, foram feitas a partir de fotos do quarteto. A escolha veio do empresário Fernando Furtado, que foi responsável por todas as outras capas do grupo. Em entrevista, o baterista Haroldo Ferretti fala sobre a produção do álbum, a demora do lançamento e as parcerias.


Haroldo Ferretti (bateria), Henrique Portugal (teclados), Samuel Rosa (vocais e guitarras) e Lelo Zaneti (baixo)
Foto: Weber Pádua / Divulgação


Vocês estão lançando o álbum no meio da Copa do Mundo. Como foi isso?
Haroldo Ferretti – A gente começou a fazer esse álbum em junho do ano passado, calhou de ele ficar pronto agora. Ao mesmo tempo é ruim porque as atenções estão voltadas para a Copa do Mundo e é bom porque ninguém está lançando. Na verdade, a gente esperou esses seis anos para lançar um álbum de inéditas. Então não tem porque segurar mais. Na hora que o disco fica pronto, você tem certa urgência para lançar - antes que a gente comece a ficar achando que precisa mudar. Mesmo porque se a gente fosse parar para pensar nisso, é um ano complicado, porque tem a Copa do Mundo, logo na sequência tem as eleições, Natal e acaba o ano. Não adianta ficar esperando muito.

Mas vocês também têm relação bem íntima com futebol, né?
Ferretti - A gente não está vinculado a nenhuma campanha, a nenhum evento relacionado a isso, a gente só vai fazer um show na Fan Fest no dia 12. Agora as pessoas sabem dessa nossa relação com o futebol. A primeira faixa (do álbum) fala não exatamente sobre futebol, mas sobre uma jogadora do Barcelona e da seleção espanhola de futebol feminino. Mas também não é a música para substituir a nossa Partida de Futebol, de 1996. Claro que esse vínculo existe, mas nossa relação com o futebol não é com a Copa do Mundo, de quatro em quatro anos. A banda de uma forma geral vive muito essa história do futebol.

Na Fan Fest vocês já vão tocar música do álbum novo?
Ferretti - Na verdade a gente já está tocando duas músicas do álbum novo: Ela me Deixou, que é o single e está nas rádios, e Do Mesmo Jeito. Já ensaiamos outras três. Aos poucos a gente vai colocar as músicas no repertório para acertar mesmo.

A gravação foi ano passado, mas as composições são desses seis anos?
Ferretti - Não, a gente começou a compor quando entramos para o estúdio, 10 meses atrás. Aí a gente foi para o estúdio sem nenhuma ideia pré-concebida. Fomos e começamos a tocar. Aos poucos o álbum foi se desenhando, tomando uma cara. Nós fizemos mais músicas além destas 11 que tão no Velocia. Inicialmente, eram 10 músicas e depois que colocamos a 11ª. São canções recentes, frescas, acabaram de ser feitas mesmo nestes últimos 10 meses.

Por que demorou tanto tempo?
Ferretti - Um álbum se faz necessário quando a banda está preparada, inspirada, querendo. Lançar um álbum é mais ou menos como trocar a foto da carteira de identidade. A identidade é a mesma, o número é o mesmo, mas às vezes tem que dar uma renovada na foto. De uma carreira de tantos álbuns lançados e tantos anos de estrada, um ou dois anos a mais ou a menos para lançar um álbum não muda a carreira, na verdade. Juntou um pouco disso, desses outros projetos, desse momento que a gente sentiu necessidade e foram seis anos. A gente não fez este nem nenhum outro álbum que atendesse à necessidade mercadológica. É muito em cima do momento da inspiração.

As parcerias entraram em que momento?
Ferretti - Na verdade, a gente começa a compor fazendo umas bases. E mais pra frente as músicas ganham letra. É importante falar que toda parceria começa de uma afinidade, uma amizade, uma admiração. Nando Reis é um parceiro antigo do Skank. São seis (partipações) neste álbum. E o Emicida, no álbum de 2010, no Mineirão, ele participou da música Presença. Samuel teve a ideia de chamar ele e fez duas. O B. (Negão) é um amigo antigo. O Lucas, da Fresno, que assina parceria na música Do Mesmo Jeito, é um cara de uma geração mais nova que a nossa e a gente achou que poderia ser um tempero legal dialogar com uma geração mais nova. A mesma coisa com a Lia, não só assina a letra na parceria, mas canta na faixa Aniversário, que é de uma geração ainda mais nova.


Velocia - Skank, Sony Music, 11 faixas, R$ 20 (preço médio)


>> Assista ao clipe colaborativo do single Ela me Deixou

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DIÁRIO CATARINENSE
Weber Pádua / Divulgação

'Velocia' é o 14º disco do quarteto, que já tem 23 anos de estrada
Foto:  Weber Pádua  /  Divulgação


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