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 | 21/10/2013 07h02min

Museu de Arte Contemporânea espera construção da sede oficial em Joinville

O espaço deve abrigar as obras de Luiz Henrique Schwanke, além de receber exposições itinerantes

Tuane Roldão  |  tuane.roldao@an.com.br

Imagine um espaço recreativo onde você, sua família e amigos possam passear, se divertir e, também, aprender. Nele, há auditórios, videoteca, reserva técnica, salas multimídia, de restauro, de reuniões, área educativa para cursos, ateliês, biblioteca, área para realização de workshops e residência de artistas, acervo e depósitos, cafeteria, loja de produtos, além de galerias expositivas.

Essa é a proposta do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke, criado em 2002 pela Prefeitura Municipal de Joinville, por meio do Decreto Municipal nº 10.632/2012.

Um ano antes, quando o órgão público comprou o prédio que abrigava a Cervejaria Antarctica, um projeto de ocupação do local foi desenvolvido para transformá-lo em um centro cultural. Nele, estaria incluso o MAC joinvilense.

Na sala do Colegiado da Prefeitura de Joinville, em maio de 2006, o prefeito em exercício, Rodrigo Bornholdt, e Nadja de Carvalho Lamas, na época presidente do Instituto Schwanke, firmaram um importante acordo: através da assinatura do termo de permissão de uso da antiga fábrica de cervejas, o museu ganhou um lar.

Para a instalação do MAC, será restaurada a torre central, onde estão os tanques de fermentação, para servir de principal acesso ao ambiente artístico. O espaço de terreno cedido ao instituto tem 8 mil metros quadrados, fora outros 6,2 mil metros quadrados de área construída (somados os dois pisos) e um pé direito com mais de nove metros.

O projeto arquitetônico, concebido pelo arquiteto Reinhard Conrads, de Jaraguá do Sul, prevê, além da reforma, a construção de um prédio anexo ao existente. Pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura foi possível a captação de R$ 100 mil para e idealização e criação da proposta – sendo metade desse valor obtido com apoio da Fundação Cultural de Joinville.



O buraco de quatro anos entre a criação do museu e a definição de onde será abrigado foram marcados pela criação do Instituto Schwanke, em outubro de 2003, que, a partir daí, passou a buscar recursos para projetos, seminários, intercâmbios com outras entidades, a criação de um website e, especialmente, a arrecadação de fundos para a edificação do MAC. Mas uma série de fatores impediu que, até o momento, a proposta ganhasse os alicerces necessários para, de fato, existir.

Em 2008, as chuvas que surpreenderam Santa Catarina provocaram um deslizamento de terra no morro atrás da antiga fábrica, o que exigiu a interdição do espaço. A queda da barreira causou rachaduras e danos nas paredes, pisos e telhados, prejudicando a estrutura do imóvel.

Como o prédio foi construído em 1942, alguns ambientes já estavam comprometidos pela ação do tempo. Por conta de tudo isso, foi necessária a avaliação do local por meio de um laudo geológico que deveria sair em 2008, mas só ficou pronto em 2011.

Atualmente, o museu está em fase de precificação, tarefa sob responsabilidade da empresa Adobe Engenharia. Embora não se saiba, ainda, o valor exato para todas as obras, a irmã do artista e atual diretora administrativa e financeira do instituto, Maria Regina Schwanke, estima que serão necessários R$ 30 milhões e prevê a captação de recursos públicos e privados por quatro anos.

— Se fosse um museu completamente novo, sem restauração, seria bem mais barato. Mas alguns equipamentos internos serão mantidos e restaurados, o que encarece o projeto.

Depois que o preço real do MAC for definido, o projeto precisará passar por aprovação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) – ao qual já é filiado desde sua fundação – e do Ministério da Cultura.

— Em dez anos de instituto, temos todo o projeto arquitetônico pronto, o que é muito, porque tudo isso foi feito por meio de projetos de incentivo cultural, fomos por etapas. Somos uma instituição que trabalha com voluntariado, sem fins lucrativos; não funcionamos como uma empresa — explica a presidente do instituto, Néri Pedroso.

Quando se tornar realidade, o museu vai abrigar as obras de Schwanke – atuando como um órgão de preservação e divulgação do acervo do artista joinvilense – e receber exposições de artistas de todo o mundo.

Ainda mais importante que isso, o MAC não deve ser um espaço apenas contemplativo, mas propõe o desenvolvimento de pesquisas sobre arte, trabalhos educativos e um diálogo direto com a população – a principal beneficiada pelo museu.

Confira as plantas do MAC Schwanke: térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento.

Gestão do Instituto - 2012 a 2014

DIRETORIA
Presidente: Néri Pedroso
Vice-presidentes: Heleny Mendonça Meister, Marina Heloisa Medeiros Mosimann, Nadja de Carvalho Lamas, Nivaldo José Simas, Sylvia Grossenbacher Thomazi
Diretoria Administrativa e Financeira: Maria Regina Schwanke Schroeder, Waldir José Mendonça
Diretoria Cultural: Alena Rizi Marmo, Letícia Mognol
Diretoria de Eventos: Birgitta Hofstaetter, Haydée Mosimann
Diretoria de Comunicação e Marketing: Margit Olsen, Ricardo Kolb

CONSELHO CONSULTIVO
Carlos Alberto Franzoi, Elisabeth Döhler da Silva, Fernando Lindote, Josué Mattos, Juliana Georg Bender, Julio de Abreu, Pierre Rene Andre Jonette, Rafael Schroeder, Rodrigo Meyer Bornholdt, Rodrigo Fallgatter Thomazi, Rosangela Cherem, Walter de Queiroz Guerreiro

CONSELHO FISCAL
Fábio Canellas, Francisco José Payão, Juarez Schroeder

A NOTÍCIA
Reinhard Conrads / Divulgação

Planta do projeto arquitetônico para o MAC Schwanke
Foto:  Reinhard Conrads  /  Divulgação


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