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Itapema FM  | 03/04/2013 08h02min

Péricles Prade faz palestra de abertura do evento nesta quarta-feira em Joinville

Presidente da Academia Catarinense de Letras falará sobre a cultura na formação do homem

Chegou a hora de a cidade respirar literatura e mergulhar em histórias nas páginas brancas ou amareladas dos livros. Nesta quarta-feira, a partir das 17 horas, a 10ª edição da Feira do Livro de Joinville vai preencher a mente do público com a magia da literatura na abertura dos portões do Expocentro Edmundo Doubrawa.

São esperadas cerca de cem mil pessoas durante os 11 dias de evento e para dar início à programação, a partir das 19h30, o presidente da Academia Catarinense de Letras, Péricles Prade, realiza uma palestra para falar sobre o valor da cultura na formação do homem.

Péricles irá apresentar a cultura como um conceito interdisciplinar, que contempla aspectos psicológicos, sociais e antropológicos. Para o advogado e escritor, ela está longe de ser algo abstrato. Baseado nisso, ele pretende fazer uma conexão com a leitura e mostrar que há uma relação dela com a cultura.

—É concreto, porque não há civilização sem ela, e não há cultura sem humanidade. O homem se aperfeiçoa por meio do processo cultural—, explica.

Ex-vice-prefeito de Florianópolis e com experiência no meio político, Péricles defende uma participação maior do Estado no incentivo à leitura e literatura. Entre as reivindicações, há muitos anos ele clama pela criação de uma secretaria exclusiva para a cultura em Santa Catarina, que hoje a mantém ao lado do turismo e do esporte em um único órgão.

—Acho estranho que muitos políticos não perceberam que a cultura também dá votos. É uma visão muito pobre do que ela é—, critica.

Segundo Péricles, o Estado tem a obrigação de participar, estimular e oferecer condições para os produtores culturais. No entanto, o escritor faz questão de frisar que a colaboração deve ser conjugada com a iniciativa privada.

—Eles (os produtores culturais) não querem benesses pura e simples, querem é ser ouvidos e que o Estado dê condições para que eles possam publicar suas obras—, defende.

Mesmo sem um grande apoio, a produção literária em Santa Catarina melhorou muito aos olhos de Péricles, que ocupa a cadeira de número 28 da Academia Catarinense de Letras desde 1973 e divide os escritores catarinenses em quatro gerações.

Primeiramente, foi a figura exponencial de Cruz e Sousa; depois, a geração pós-Semana de Arte Moderna de 1922; e, mais recentemente, um grupo significativo da década de 1960, do qual ele mesmo fez parte. Na geração atual, Péricles destaca nomes como Alcides Buss, Rubens da Cunha e Marco Vasques.

—É uma geração que promete muito.

A NOTÍCIA
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